O elenco liderado por Luís Cirilo Carvalho chegou ao Estádio D. Afonso Henriques por volta das 16:30 e entregou uma candidatura subscrita por 593 associados, enquanto a equipa de António Miguel Cardoso, atual presidente dos vitorianos, entregou a candidatura às 17:30, com 852 assinaturas de sócios, ultrapassando ambas o mínimo de 300, no último dia previsto pelos estatutos.
Principal 'rosto' da candidatura intitulada "Por um Vitória Maior", Luís Cirilo Carvalho considerou "absolutamente notável" o número de assinaturas angariadas em três dias e meio e prometeu responder a todas as perguntas dos sócios, quer acerca do seu programa para o triénio 2025-2028, quer acerca da gestão de António Miguel Cardoso desde 2022.
"Espero que os sócios nos acolham da melhor maneira. Brevemente, vamos apresentar o programa global de governo do Vitória. Espero que votem nele e que a lista "Por um Vitória maior" possa gerir os destinos do clube nos próximos três anos. Estou firmemente convencido de que vamos conseguir isso", disse aos jornalistas, após entregar a candidatura.
Com a primeira ação de campanha marcada para sexta-feira, às 21:30, no centro de Guimarães, num local intimamente ligado à fundação do Vitória, em 1922, o candidato criticou ainda "a pressa" na marcação das eleições, apesar de estatutariamente previstas para março.
Eleito em 05 de março de 2022, quando derrotou o então presidente Miguel Pinto Lisboa, António Miguel Cardoso afirmou que a recandidatura ao segundo mandato visa "acabar o trabalho" de três anos em que o clube minhoto "realmente se modificou", no futebol profissional e na formação, alcançando três qualificações europeias e apostando em jovens na equipa principal, como Alberto, transferido neste 'mercado de inverno' para a Juventus.
"O clube está a crescer, mas ainda não está a crescer o suficiente. Queremos um Vitória de futuro, não queremos um Vitória de passado. É isso que estamos aqui a fazer, com mais três anos para continuar neste caminho e dar alegrias aos sócios, que é o mais importante", referiu.
O candidato prometeu apresentar aos sócios vitorianos o "plano estratégico" que está a seguir enquanto presidente do clube, durante o mês de fevereiro, que antecipa de "muito trabalho", e mostrou-se pouco surpreendido com as críticas da lista opositora, expressas por alguns dos seus elementos ao longo dos últimos três anos.
"Nos últimos três anos, não fizemos tudo bem, mas isso faz parte. Quem dirige tem decisões erradas, mas o Vitória era há três anos um clube completamente parado. Isso é muito claro. Queremos um Vitória 'virado' para a frente, não um Vitória provinciano. Não queremos um Vitória que olha para trás", sublinhou.
O presidente da mesa da assembleia geral do Vitória de Guimarães, Belmiro Pinto dos Santos, responsável pela coordenação do processo eleitoral, vai validar as candidaturas na sexta-feira.