Na última sessão da assembleia geral extraordinária para revisão estatutária, os 8.241 associados que compareceram ao Pavilhão da Luz viabilizaram os novos estatutos, com uma votação favorável de 91%, acima da percentagem mínima de 75% estipulada para a aprovação.
Expressa nas urnas, entre as 09h30 e as 22h30 de sábado, a votação dos sócios 'encarnados' impõe pela primeira vez o limite de três mandatos seguidos, de quatro anos cada, para o exercício dos cargos de presidente da direção, da assembleia geral, do conselho fiscal e da comissão de remunerações, um novo órgão.
Já o presidente da direção tem de ter "pelo menos 15 anos ininterruptos como sócio efetivo e 35 anos de idade", enquanto, na versão anterior, tinha de contabilizar "25 anos ininterruptos como sócio efetivo", determina a proposta hoje aprovada.
Outra das novidades dos estatutos hoje aprovados é a remuneração dos membros da direção, num "montante global fixo e variável". A fixação do montante passa a ser competência da comissão de remunerações que será eleita em conjunto com os restantes órgãos sociais.
Segundo a proposta hoje aprovada, os associados com filiação entre um e cinco anos passam a dispor de três votos, quando antes tinham direito a um, os sócios com cinco a 10 anos de filiação ficam com 10, acima dos cinco que detinham, os sócios com 10 a 25 anos mantêm os 20 votos e os associados com mais de 25 anos mantêm 50, enquanto as casas do clube perdem o direito aos 50 votos que tinham.
Os novos estatutos do clube determinam ainda que sócios correspondentes passem a efetivos, com a diminuição do tempo de antiguidade para 50%.
A proposta votada no sábado resultou de um consenso alcançado em agosto de 2024 entre três propostas globais para revisão dos estatutos, da direção, do Movimento Servir o Benfica e da comissão de estatutos.
O documento começou a ser discutido em setembro de 2024, em assembleia geral extraordinária, antes de ser aprovado na generalidade e na especialidade nas sessões de outubro e de dezembro.
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