David Luiz concedeu, esta sexta-feira, uma extensa entrevista ao portal brasileiro Globoesporte, na qual voltou a abordar a decisão de rejeitar uma proposta concreta para trocar o Benfica pelo FC Porto, no verão de 2007.
"Tive de chegar e entender logo onde estava. O meu contrato era de janeiro até abril, e eu não tinha jogado ainda. O técnico era o Fernando Santos, campeão europeu com Portugal, e isso tudo fez-me perceber logo que seria necessário ter uma mentalidade diferente se quisesse jogar", começou por afirmar.
"Jogo esse final, consigo uma renovação... Tive a oportunidade de ir para o FC Porto, e o meu pai disse 'Não se cospe no prato onde comeu'. Fiquei no Benfica e tive lesões que me deixaram quase um ano sem jogar. Isso preparou-me para quando voltei", prosseguiu.
"Não tinha espaço na defesa, o Luisão e o Sidney estavam muito bem, e eu perguntei ao treinador 'Do que precisa?'. Ele disse que não tinha lateral-esquerdo, e eu comecei a treinar, a ver vídeos do Maldini, aquela coisa toda para me preparar", completou.
Foi então que surgiu Jorge Jesus: "Potencializou-me como jogador de uma maneira surreal. Ele sabia que eu faria o que ele pedisse. Estava totalmente preparado por esse caminho de muita dificuldade, no Benfica. Lesão, sair da terceira divisão, no Brasil, para a I Liga, em Portugal...".
"Cheguei a Lisboa de regata, e o meu empresário teve de me dar a blusa. Nem os repórteres me reconheceram como novo reforço do Benfica... Foi o meu primeiro tudo na Europa. Foi engraçado até experimentar fato, todas as coisas do clube, que é muito grande", rematou.
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