A 'novela' entre o PSG e Kylian Mbappé continua a fazer correr muita tinta e esta, quinta-feira, a advogada do jogador deu uma conferência de imprensa sobre o processo e afirmou que vai passar ao ataque, uma vez que ainda não foi efetuado qualquer pagamento em falta.
Em causa estão os salários e os bónus que ainda ficaram por pagar pelo clube francês no valor de 55 milhões de euros, aquando da saída do internacional gaulês para o Real Madrid.
"Passou quase um ano desde o início desta história, pois o primeiro bónus que lhe devia ser pago deveria ter sido pago em fevereiro de 2024. Era o prazo que nos tínhamos fixado para resolver este fim de contrato da forma mais pacífica possível", começou por dizer a advogada do caso em conferência de imprensa, citada pelo RMC Sport.
"Optámos por nos manter muito discretos. Mas com o passar dos meses, o caso tornou-se complexo. E à medida que os meses passam, Kylian Mbappé ainda não recebeu os 55 milhões de euros que faltavam aquando da sua saída. Foi tomada uma decisão que consiste em partir para o ataque", continuou.
"No caso de Kylian Mbappé, não é mais complicado do que isso. Entrou para o clube PSG no verão de 2017. Assinou um contrato de trabalho, prolongado na primavera de 2022, por duas épocas com opção. Ao longo do percurso, houve trocas, discussões, pressões... Voltaremos a este assunto. Os contratos foram assinados. Foram dois. Foram executados? Sim. Até ao fim? Sim. Pagos? Não. O que é que falta? 55 milhões de euros", completou Delphine Verheyden.
"O Comité Disciplinar deve sancionar o clube. Não o fez com base numa ação judicial lançada pelo clube à última da hora. Tanto assim é que o meu cliente não foi informado deste procedimento", reiterou a advogada.
Entre todos os factos alegados pela defesa de Mbappé, surge a possibilidade de o clube francês não jogar na próxima campanha da Liga dos Campeões, apesar de estar com boas possibilidades para chegar às meias-finais da competição desta temporada.
"O clube tem de regular todos os seus plantéis. Incluindo os jogadores que vão participar na competição. E se um clube deve dinheiro a um empregado, não pode receber a licença para participar na Liga dos Campeões no ano seguinte à análise do seu dossier. Desde 1 de abril, iniciou-se a análise para a época 2025-2026", acrescentou.
Quanto aos procedimentos legais, Thomas Clay - um dos membros da defesa do jogador francês - revela que já "foram apreendidas as contas bancárias do Paris Saint-Germain, na manhã desta quinta-feira. Foram apreendidos 55 milhões de euros. Trata-se de um apreensão cautelar que faz parte do processo judicial que o próprio PSG iniciou contra a LFP e Kylian Mbappé".
[Notícia atualizada às 15h16]
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