Gavin Peacock fez toda a carreira ao mais alto nível, na Premier League, ao serviço de clubes como Chelsea ou Newcastle, mas o futebol já lá vai, e, aos 57 anos de idade, dedica-se à vida... de padre, no condado inglês de Kent.
Numa extensa entrevista concedida à edição deste domingo do jornal britânico Daily Mail, o antigo médio explicou como tudo começou: "Tornei-me cristão aos 18 anos, quando estava no QPR [Queens' Park Rangers]. Vivia o sonho, como futebolista, com algum dinheiro no bolso e adoração dos adeptos".
"No entanto, uma vez que o futebol era o meu Deus, questionava-me por que me sentia bem se jogava bem e em baixo se jogava mal. Não éramos cristãos praticantes, em casa, mas, uma noite, a minha mãe disse que ia à igreja local, e fui para lhe fazer companhia", começou por afirmar.
"Depois, fui a um encontro de jovens. Cheguei no meu Ford XR3i e tinha o 'mullet' a acompanhar. Entrei a pensar que fazia parte da multidão, mas os outros tinham algo que eu não tinha. Quando falavam de Jesus Cristo e rezavam, havia uma alegria, e a verdade é que eu não a tinha", prosseguiu.
"Na altura, fui salvo, e tudo foi ao sítio. A minha maior questão já não era ser adorado pela multidão, mas ter a relação certa com Deus. Ajudou a minha carreira. Os medos e ansiedades desapareceram. A minha felicidade já não era completamente dependente do futebol", completou.
Leia Também: Nuno Espírito Santo ignora o Newcastle-Chelsea: "Não trabalho com 'ses'"