O Benfica está em vias de levar a cabo uma nova 'revolução' na frente de ataque, na sequência de uma temporada aquém das expetativas, que terminou com a mera conquista da Taça da Liga (à espera da prestação no Campeonato do Mundo de Clubes).
Arthur Cabral está a um passo de partir rumo ao Botafogo, a troco de 15 milhões de euros, ao passo que Zeki Amdouni e Andrea Belotti deverão ser devolvidos a Burnley e Como, respetivamente, depois de não terem conseguido deixar uma marca significativa, na Luz, durante o período em que estiveram emprestados.
Significa isto que Vangelis Pavlidis (que, na primeira temporada após ter sido adquirido ao AZ Alkmaar, a troco de 18 milhões de euros, foi o segundo melhor marcador da I Liga, com 19 golos, apenas superado por Viktor Gyokeres) deverá ser o único 'sobrevivente'.
No entanto, nem mesmo o internacional grego tem continuidade assegurada, na Luz, uma vez que, ao longo das últimas semanas, foi apontado a uma série de clubes, entre eles, Barcelona, Atlético de Madrid, Newcastle e Chelsea.
Só Pavlidis se 'safa'
Feitas as contas, desde que foi eleito presidente do Benfica, em outubro de 2021, Rui Costa contratou um total de sete pontas de lança, num investimento que, de acordo com os números tornados públicos, ascendeu, pelo menos, aos 75 milhões de euros.
Foram eles Casper Tengstedt, Petar Musa, Marcos Leonardo, Arthur Cabral, Vangelis Pavlidis, Zeki Amdouni e Andrea Belotti. Destes, o único que conseguiu superar a barreira dos 20 golos de águia ao peito foi... Vangelis Pavlidis.
Casper Tengsted marcou quatro, antes de ser emprestado ao Hellas Verona, e Petar Musa 17, antes de ser vendido ao FC Dallas. Já Arthur Cabral, Zeki Amdouni e Andrea Belotti, que têm os 'dias contados', juntos, totalizam 31.
O caso mais extraordinário acabou por ser Marcos Leonardo, que chegou aos encarnados em janeiro de 2024, proveniente do Santos, a troco de 22 milhões de euros. Em meio ano, marcou oito golos em 24 jogos e foi vendido ao Al Hilal, por quase o dobro desse valor.
Uma 'chuva' de milhões
O único balanço positivo que é possível fazer ao plano delineado para o ataque do Benfica é mesmo no plano financeiro, uma vez que, em três temporadas sob o leme de Rui Costa, este setor acabou por revelar-se uma autêntica 'fonte' de dinheiro.
Na primeira, os encarnados venderam Darwin Núñez, Roman Yaremchuck, Carlos Vinícius e Rodrigo Pinho por pouco mais de 100 milhões de euros. Já na segunda, as saídas de Gonçalo Ramos e Petar Musa renderam perto de 75 milhões de euros.
Já na presente, Marcos Leonardo valeu um encaixe financeiro na ordem dos 40 milhões de euros, ao passo que Casper Tengstedt e Henrique Araújo foram cedidos a Hellas Verona e Arouca, respetivamente, por verbas não divulgadas.
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