João Noronha Lopes concedeu uma extensa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal A Bola, na qual justificou a decisão de avançar com uma candidatura à presidência do Benfica com o facto de, durante o mandato de Rui Costa, o clube ter "ganho pouco, ter tido pouco rigor não contas e não ter sido bem defendido".
"Rui Costa é a grande figura do benfiquismo e jogador que todos admirámos como o nosso camisola 10. Mas, para ser presidente do Benfica, não basta ser benfiquista. É preciso competência e capacidade para o liderar", começou por afirmar o empresário, dando conta do seu próprio perfil.
"O o que os benfiquistas querem, antes de mais, ver no seu presidente é essa capacidade de liderança, de visão estratégica, de saber escolher os melhores e de os pôr a trabalhar em conjunto, acima dos interesses pessoais, de ter ambição, de ter coragem para tomar decisões difíceis e, principalmente, de ter a coragem para defender o Benfica nas alturas próprias", acrescentou.
João Noronha Lopes recusou, ainda, o discurso de que, para se manterem sustentável, os encarnados têm, anualmente, de vender os melhores jogadores: "Obviamente que se consegue pela criação de incentivos financeiros para que os jogadores da formação possam ficar e ser campeões pelo Benfica. Dizem-me 'Mas o Benfica tem condições para fazer isso?'".
"Obviamente que tem, porque, se o nosso rival tem condições para reter os melhores jogadores, ninguém me convence que o Benfica não tem. Ouço muitas vezes a expressão 'Não se pode cortar as pernas aos jogadores para ir lá para fora'. O que quero ouvir é que não se cortem as pernas aos jogadores para que eles cumpram o sonho de vestir um manto sagrado e de se tornarem ídolos no clube. O Benfica é muito bom a formar, muito rápido a vender e é mau a contratar. Isso vai mudar", rematou.
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