Depois de ter vencido a primeira edição da competição, em 2019, no Estádio do Dragão, a seleção das 'quinas' procura nova conquista internacional, na sequência de uma vitória histórica diante da Alemanha, a primeira em 25 anos frente ao conjunto bávaro (2-1).
Pela frente estará a Espanha, que bateu a vice-campeã mundial França com uma manifestação de futebol ofensivo (5-4), sendo um adversário que, no entendimento de Fernando Meira, poderá trazer dificuldades acrescidas.
"Se calhar, a equipa espanhola tem uma matriz de jogo muito mais entrosada. Acho que coletivamente é uma equipa mais solidária, com jogadores jovens. A seleção francesa parece-me um pouco mais distante em termos coletivos, mas qualquer uma delas seria igualmente difícil para Portugal", analisou, à margem da cerimónia de lançamento da bola oficial para a edição 2025/26 da Liga portuguesa de futebol.
Para o antigo defesa-central, a 'final four' colocou em duelo as "quatro melhores seleções da Europa" e garante ter a "expectativa de um resultado positivo" para Portugal na derradeira partida, apesar de alinhar, do outro lado, Lamine Yamal, jovem extremo do FC Barcelona a quem deixa rasgados elogios.
"Eu penso que Portugal já nos habituou a estar sempre nas grandes decisões finais. Como é lógico, sabemos da dificuldade que será encontrar uma Espanha que está motivada. Tem um menino chamado Yamal que está a 'partir de tudo', no bom sentido. É uma delícia vê-lo a jogar futebol porque fá-lo de forma descontraída e tem perfume e paixão. Consegue contagiar também os mais jovens que estão na sua seleção", destacou.
Fernando Meira, que jogou no futebol alemão durante sete anos, ao serviço do Estugarda, recordou ainda a sua campanha pela seleção portuguesa no Mundial2006, também disputada em solo germânico, considerando os jogadores nacionais mais bem preparados atualmente para os grandes confrontos internacionais.
"Munique é uma cidade que nós já conhecemos bem, foi aí que perdemos a meia-final com a França [1-0]. Mas Portugal, hoje em dia, tem uma geração melhor, muito mais bem preparada e os adversários também o sabem. Por isso, esperemos que Portugal consiga praticar o seu melhor futebol, vencer e valorizar o produto português", desejou o ex-internacional português por 54 ocasiões.
Quanto às críticas em torno do selecionador nacional Roberto Martínez, disse serem "naturais" face à quantidade de opções que o treinador tem ao seu dispor para as convocatórias, mas lembrou o recente feito frente à Alemanha, apesar de uma escolha de equipa inicial que entende ser "pouco consensual".
Por sua vez, Quim, antigo guarda-redes com 32 internacionalizações, acredita que será um jogo equilibrado, com "individualidades muito fortes que podem decidir a qualquer momento", destacando também o atual defensor das redes portuguesas.
"O Diogo Costa é um dos melhores guarda-redes do mundo, sem dúvida alguma. Tem provado isso não só no seu clube, mas também na seleção. Nota-se que ele é um guarda-redes muito forte a nível mental, que normalmente é o mais difícil de trabalhar, nem tanto o lado técnico", enalteceu.
Apesar de reconhecer talentos individuais na seleção espanhola, garante que a equipa portuguesa não lhe fica atrás.
"Nós também temos, o Chico Conceição também apareceu e está lá, há que salientar os nossos portugueses. Qual o melhor jogador português da atualidade? Acredito que o Vitinha tem estado muito bem. Venceu a Liga dos Campeões, o campeonato francês e é, este ano, uma das fortes possibilidades a ganhar a Bola de Ouro", destacou.
A quarta final da quarta final da história do futebol português está marcada para as 20:00 (21:00 locais), em Munique, com arbitragem do suíço Sandro Scharer.
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