Entre 2015 e 2022, a percentagem de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional (SMN) aumentou de 18% para 23%, segundo dados do Banco de Portugal (BdP). Onde é que há mais pessoas a receber o salário mínimo? Em que setores?
"A prevalência do SMN é mais elevada nos setores do alojamento e restauração e da construção, nas empresas de menor dimensão e nos concelhos do interior do país", pode ler-se no relatório do BdP.
O BdP explica que a "percentagem de trabalhadores com salário base igual ao SMN é mais elevada nas empresas dos setores do alojamento e da restauração (41,5%) e da construção (30,2%), bem como nas empresas de menor dimensão (44,0%)".
"Estes grupos de empresas foram os que registaram os maiores aumentos na prevalência do SMN na sua estrutura salarial. Tendo por base os microdados da Segurança Social, a prevalência do SMN é mais elevada nas empresas com morada nos concelhos do interior do país", pode ler-se.
O supervisor da banca avança ainda que a atualização do valor do SMN também se reflete na percentagem de novos contratos com SMN, que aumentou 1,8 pp entre 2015 e 2022.
O BdP salienta ainda que a "percentagem de trabalhadores que entraram no mercado de trabalho com salário base igual ao SMN e que se mantiveram a receber esse salário nos anos seguintes tem aumentado".
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