A circulação de comboios está parada, pelo terceiro dia, devido à greve dos maquinistas da CP - Comboios de Portugal, disse à Lusa uma fonte sindical, apontando uma adesão de 100% dos trabalhadores à paralisação. Perceba o que está em causa nesta paralisação.
Por que não há serviços mínimos?
O motivo pelo qual não foram decretados serviços mínimos na CP está relacionado com o facto de não garantirem a segurança dos passageiros.
É que o Tribunal Arbitral explicou, na quinta-feira, que não decretou serviços mínimos nas greves na CP que se prolongam até 14 de maio, porque a empresa alertou que uma circulação de 15% não garantia a segurança física dos passageiros.
Este esclarecimento surgiu após "diversas notícias e controvérsias que têm vindo a público a respeito das várias greves na CP", explica o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social em comunicado.
O que exigem os trabalhadores?
Esta paralisação foi convocada contra a imposição de aumentos salariais "que não repõem o poder de compra", pela "negociação coletiva de aumentos salariais dignos" e pela "implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado", segundo os sindicatos.
As greves de quarta e quinta-feira foram convocadas pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), a Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), o Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), o Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários das Infraestruturas e Afins (SINFA), o Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Indústria (SINTTI), o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindical Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).
A esta paralisação juntou-se na quinta-feira o Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), o único sindicato que está hoje em greve.
O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras convocou, por sua vez, uma greve parcial entre as 05:00 e as 08:30 de domingo a quarta-feira (dias 11 e 14 de maio). No domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso.
Para esta greve foram decretados 25% de serviços mínimos.
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