Pioneiro do hip-hop Afrika Bambaataa acusado de agressão sexual

O 'rapper' francês Solo, do grupo Assassin e precursor do 'breakdance' em França, afirmou ter sido vítima, na adolescência, do 'DJ' americano e pioneiro do hip-hop Afrika Bambaataa, já acusado de agressão sexual a um menor nos Estados Unidos.

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Lusa
29/11/2024 00:03 ‧ há 8 horas por Lusa

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Afrika Bambaataa

O 'rapper' francês Solo, do grupo Assassin e precursor do 'breakdance' em França, afirmou ter sido vítima, na adolescência, do 'DJ' americano e pioneiro do hip-hop Afrika Bambaataa, já acusado de agressão sexual a um menor nos Estados Unidos.

 

"Ser confrontado com um predador, especialmente alguém que se admira, é o mais difícil", disse Solo, no programa de televisão francês "Clique" do Canal+, na quarta-feira, citada hoje pela AFP.

O 'rapper' foi um dos raros franceses a fazer parte dos primórdios do hip-hop nos Estados Unidos, ao lado de pioneiros como Afrika Bambaataa.

O 'DJ' norte-americano foi cofundador, em 1973, da Zulu Nation, uma organização que se posiciona contra a violência dos gangues nova-iorquinos e que utiliza o hip-hop e as suas correntes para transmitir valores pacíficos.

Em "Anote o meu nome na sua lista", autobiografia publicada em meados de novembro, Solo conta ter ouvido uma cena de agressão sexual a um menor durante a sua estadia nos Estados Unidos, sem adiantar mais pormenores.

"Uma noite, Bambaataa chama-me à sala enquanto vê um filme pornográfico. Sinto desconforto, mas não me mexo. Nesse preciso momento, entendi que era a minha vez de me tornar o brinquedo dele", conta Solo no livro, que diz ter, na altura, 17 anos.

Questionado sobre este episódio na quarta-feira, o artista falou de um "comportamento totalmente desadequado" por parte de Bambaataa, que demorou "mais de quarenta anos" a conseguir evocar.

"Acima de tudo, precisava de desenvolvimento pessoal e de apoio, nem que fosse para reconhecer que era uma vítima", acrescentou no programa.

O 'rapper' especificou que estava "a mil milhas de imaginar a escala do fenómeno" trazido à luz anos mais tarde, descrevendo Bambaataa como um "predador sexual".

A Zulu Nation, formada por representantes do hip-hop e da sua filosofia em todo o mundo, dissociou-se do seu líder em 2016, quando Afrika Bambaataa foi acusado de agressão sexual a um menor, o que negou.

Em 2021, foi realizado um julgamento, mas o 'DJ' nunca compareceu.

A AFP solicitou hoje uma reação de Afrika Bambaataa na sua conta de Instagram, sem obter resposta até ao momento.

Leia Também: Diddy vai continuar preso. Juiz nega terceiro pedido de fiança de rapper

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