De acordo com o porta-voz adjunto do Governo talibã, Hamdullah Fitrar, o ataque ocorreu na noite de quinta-feira, em Baghlan, distrito de Nahrin, no norte do Afeganistão.
"Infelizmente, antes de ontem [quinta-feira] à noite, numa mesquita e numa peregrinação noturna, 10 pessoas que ficaram para o culto foram assassinadas por desconhecidos", revelou.
As comunidades sufis no Afeganistão passam, frequentemente, noites em mesquitas, como prática de culto.
Hamdullah Fitrar assegurou que estão a ser realizadas investigações para identificar e levar à justiça os autores deste "incidente horrível", uma vez que nenhum grupo armado reclamou a sua autoria.
"O Emirado Islâmico condena veemente este terrível ato e considera-o um crime imperdoável", acrescentou o porta-voz adjunto.
No seu entender, "este ato foi cometido por esses grupos extremistas que não têm nenhum respeito pelo sangue de outros muçulmanos".
Nos últimos três anos, desde que os talibãs assumiram o controlo do Afeganistão, o ISIS-Khorasan, o ramo afegão do grupo jihadista Estado Islâmico, reivindicou a responsabilidade de uma série de ataques contra minorias e membros dos talibãs, tornando-se a maior ameaça à segurança do país.
Grupos minoritários como a comunidade chiita Hazara e os praticantes sufi têm sido alvos frequentes de violência por parte dos grupos extremistas que tentam impor uma interpretação rígida do Islão.
O Governo talibã negou insistentemente que o Estado Islâmico seja uma ameaça à segurança do Afeganistão ou de qualquer outro país, ao mesmo tempo que o sigilo do regime e o controlo rigoroso sobre a imprensa, cortaram o fluxo de informação sobre a situação de segurança no país.
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