A manifestação, convocada pelo Sindicato dos Inquilinos e inspirada na que teve lugar em Madrid a 13 de outubro, começou por volta das 17:00 (16:00 de Lisboa) na Plaça Universitat com o 'slogan' "S'ha Acabat!" (Acabou!), contando com o apoio de mais de 4.000 entidades, 60 comissões e mais de 2.000 pessoas envolvidas nos preparativos.
Uma faixa com a mensagem "Acabou, vamos baixar os alugueres, por uma habitação condigna para todos" marcava a frente da marcha, durante a qual os manifestantes entoaram palavras de ordem como "Não vamos tolerar mais despejos", "Nem especuladores, nem bancos, nem fundos abutres" ou "Habitação, gratuita e universal".
"Não podemos admitir que venham investidores às nossas cidades e brinquem com os apartamentos como no Monopólio", disse a porta-voz do Sindicato dos Inquilinos, Carme Arcarazo, em declarações aos jornalistas antes do início da manifestação.
Arcarazo anunciou que, a partir de domingo, o sindicato "vai avançar para uma greve dos alugueres".
"Se nos unirmos, temos muito mais poder do que qualquer político ou senhorio", sublinhou.
As principais reivindicações do protesto são a redução de 50% das rendas, a promoção de contratos permanentes "para acabar com a chantagem e a insegurança no final de cada contrato", a recuperação de casas para uso residencial e a proibição de compras especulativas.
A manifestação começou na Plaça Universitat, na área da Gran Via, seguiu ao longo da rua Calàbria e, antes de chegar à rua Consell de Cent, fez uma paragem em frente à Casa Orsola, antes de subir a rua Tarragona até terminar na estação de Sants.
Ao chegar à Casa Orsola, um edifício comprado por um fundo de investimento que se transformou num símbolo da luta pela habitação em Barcelona, o porta-voz da União dos Inquilinos da Catalunha, Enric Aragonès, expressou da varanda do edifício a sua rejeição aos alugueres sazonais.
"Quando os que arrendam falam de insegurança jurídica, não falam dos inquilinos aos quais não querem renovar os contratos para fazer arrendamentos temporários", denunciou.
A manifestação juntou grupos de manifestantes vindos de diferentes partes de Barcelona, como as comarcas do Baix Llobregat e do Maresme.
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