Rússia reporta dois novos ataques ucranianos com armas dos EUA

A Rússia informou hoje que foi novamente alvo nos últimos dias de dois ataques ucranianos realizados com mísseis de longo alcance ATACMS norte-americanos, uma arma contra a qual Moscovo prometeu uma resposta severa.

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Lusa
26/11/2024 15:37 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

De acordo com o Ministério da Defesa russo, as forças ucranianas atacaram instalações na região fronteiriça russa de Kursk, em 23 de novembro, perto da aldeia de Lotarevka, 37 quilómetros a noroeste da cidade de Kursk, e, em 25 de novembro, contra o campo de aviação de Kursk-Vostochny.

 

Ainda sobre estes disparos ucranianos, o ministério russo reconheceu -- numa atitude pouco usual - que vários mísseis "atingiram os seus alvos" e reportou dois soldados russos feridos e um radar danificado.

De acordo com as autoridades russas, três dos cinco mísseis ATACMS disparados durante o ataque de 23 de novembro foram abatidos pela defesa antiaérea. Já em relação ao ataque de 25 de novembro, a Defesa russa relatou que sete dos oito projéteis disparados foram intercetados.

"O avaliação dos locais atacados permitiu confirmar que as Forças Armadas ucranianas utilizaram mísseis tático-operacionais ATACMS de fabrico norte-americano", confirmou o Ministério da Defesa russo, acrescentando que está a ser preparada uma resposta a estes ataques.

Um primeiro ataque ucraniano com recurso a mísseis ATACMS produzidos nos Estados Unidos da América (EUA) ocorreu em 19 de novembro. Poucos dias depois, em 21 de novembro, foi reportado que as forças de Kiev dispararam mísseis 'Storm Shadow' de fabrico britânico contra a Rússia.

Em reação, Moscovo disparou um míssil balístico hipersónico de alcance intermédio, em 21 de novembro, contra uma fábrica militar na cidade de Dnipro, no centro-leste da Ucrânia.

Este míssil experimental, denominado 'Orechnik' e até então desconhecido, foi concebido para transportar ogivas nucleares, o que não aconteceu durante este ataque.

Em resposta aos ataques ucranianos em solo russo com recurso a mísseis ocidentais, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu repetir este tipo de ataques e ameaçou atingir os países ocidentais que ajudam Kyiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Kyiv admite que não destruirá as quase 6 milhões de minas terrestres

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