Rússia propõe reativação do quarteto de paz com UE, EUA e ONU

O Governo russo defendeu hoje a reativação da mediação internacional para solucionar o conflito no Médio Oriente, propondo como modelo o quarteto de paz composto pela Rússia, os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a ONU.

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© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
06/03/2025 14:44 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Esse grupo, também conhecido como Quarteto de Madrid, foi constituído em 2002 e teve como principal líder o então primeiro-ministro britânico, o trabalhista Tony Blair, mas o formato caiu em desuso dado o claro posicionamento dos Estados Unidos em favor de Israel e o distanciamento mantido pela Rússia em todo o tipo de fóruns devido à sua escalada autoritária.

 

Agora, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, considera que é altura de retomar "o mais rapidamente possível" a cooperação multilateral para resolver as crises e apontou como possível enquadramento o quarteto, mas aberto à participação de países árabes.

Zakharova saudou a recente reunião da Liga Árabe no Cairo, da qual resultou um plano de apoio conjunto para a recuperação da Faixa de Gaza, em contraste com as últimas propostas do Presidente norte-americano, Donald Trump, que é inclusive a favor da expulsão forçada dos habitantes daquele enclave palestiniano destruído por mais de 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, movimento islamita ali no poder desde 2007.

A porta-voz da diplomacia russa, que insistiu que a estabilidade só chegará à região através de um processo de paz entre palestinianos e israelitas, lamentou os "graves danos" para ambas as populações resultantes da atual escalada de violência, noticiou a agência Interfax.

A primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, iniciada a 19 de janeiro, terminou à meia-noite de 28 de fevereiro sem acordo sobre a sua continuação.

Nessa primeira fase, que durou 42 dias, foram libertados 33 reféns israelitas (oito dos quais mortos) em troca de 1.800 prisioneiros palestinianos.

Fontes oficiosas estimam que 59 reféns continuam em cativeiro na Faixa de Gaza, 35 dos quais Israel suspeita que estejam mortos.

Leia Também: Rússia recusa envio de forças europeias para território ucraniano

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