"São suspeitos de terem trabalhado com o grupo paramilitar russo Wagner", declarou o procurador público, Oumar Mahamat Kedelaye, à agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
"São acusados de serviços secretos com o inimigo, ataque a instituições e conspiração", precisou um dos seus advogados, Allahtaroum Amos citado pela AFP.
Olivier Mbaindinguim Monodji, redator do semanário Le Pays e correspondente da Radio France Internationale (RFI) no Chade, um outro redator do Le Pays, Ndilyam Guekidata, e um jornalista da Télé Tchad, Mahamat Saleh Alhissein, foram detidos na sequência de uma "denúncia apoiada por documentos", declarou o Ministério Público num comunicado.
Estes documentos mostram que "forneceram informações relacionadas com a segurança e a economia do nosso país", diz o comunicado, argumentando que estes atos "constituem delitos de informação suscetíveis de prejudicar a situação militar ou diplomática do Chade ou os seus interesses económicos, de conspiração contra o Estado e de cumplicidade".
Depois de ter assumido o poder durante três anos na sequência da morte do seu pai, Mahamat Idriss Déby Itno, de 40 anos, assumiu a presidência em maio de 2024, na sequência de um escrutínio considerado "não credível nem livre" pelos seus opositores, no qual o seu partido obteve uma maioria esmagadora nas eleições, boicotadas pela oposição.
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