Rússia acusa Kyiv de ataque em Kherson com 6 vítimas mortais

As autoridades pró-russas da província de Kherson, sob ocupação parcial no sul da Ucrânia, acusaram hoje as forças de Kyiv de um ataque que terá feito seis vítimas mortais.

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© Olexandr Kornyakov/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
10/03/2025 22:00 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Segundo o porta-voz do governo pró-russo em Kherson, Volodmir Vasilenko, citado pelas agências noticiosas russas, o alegado ataque terá acontecido domingo contra um mercado na cidade de Veliki Kopani, no centro da região, e faz oito feridos, além das vítimas mortais.  

 

Segundo o governador da região, Vladimir Saldo, o ataque foi efetuado com um lança-foguetes HIMARS, de fabrico norte-americano, e visou "deliberadamente" civis.

As informações das autoridades de ocupação russa não foram verificadas de forma independente.

O anúncio do alegado ataque surge numa altura de contínuos e violentos ataques russos contra infraestruturas civis ucranianas, sobretudo de produção de energia.

O presidente da Ucrânia acusou sábado a Rússia de não querer acabar com a guerra, depois "um dos ataques mais brutais" dos russos em Dobropilia, que fez pelo menos 11 mortos e 50 feridos, incluindo sete crianças.

Volodymyr Zelensky recordou que no sábado foram registados mais ataques contra civis em Donetsk, Kharkiv e Kherson.

As defesas aéreas ucranianas abateram 130 'drones' russos Shahed e outros kamikaze no domingo, em mais um ataque maciço da Rússia contra várias regiões da Ucrânia, informou hoje a força aérea ucraniana.

As interceções tiveram lugar em 15 regiões do leste, nordeste, norte, centro e sul da Ucrânia.  

O ataque causou danos nas regiões de Kharkiv (nordeste), Poltava (centro) e Kyiv (norte).

A Rússia ataca o território ucraniano quase todas as noites com mais de uma centena de 'drones' kamikaze, que têm entre os principais alvos o sistema energético ucraniano.  

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

Em setembro de 2022, Moscovo declarou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, apesar de não as dominar totalmente.

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.

Leia Também: "Zelensky pediu desculpa a Trump por carta. Foi um passo importante"

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