"Vamos falar com cada partido. Não sabemos com quem vamos cooperar, mas estamos prontos para dialogar e debater as políticas que vamos seguir", declarou Anna Wangenheim, a 'número dois' dos Democratas, acrescentando que as conversações decorrerão "nos próximos dias".
A Gronelândia, território autónomo dinamarquês cobiçado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou na terça-feira eleições legislativas que terminaram com uma vitória surpreendente dos Democratas, que mais do que triplicaram o seu resultado em relação à eleição anterior, em 2021.
Liderado por Jens-Fredrik Nielsen, este autoproclamado partido "social-liberal" obteve 29,9% dos votos e 10 assentos dos 31 do Inatsisartut, o parlamento da Gronelândia.
"Fiquei muito surpreendida. Esperávamos talvez mais dois ou três mandatos, mas agora temos dez", congratulou-se Wangenheim.
Favoráveis a um avanço gradual para a independência, a começar por uma maior autonomia económica, os Democratas vão efetuar negociações para definir uma plataforma de Governo, com a independência na mira.
Segundo analistas, os Democratas poderão aliar-se aos nacionalistas do Naleraq, partidários de uma independência rápida, que obtiveram oito assentos parlamentares depois de duplicarem o número de votos, ou aos Inuit Ataqatigiit (ecologistas, de esquerda) do primeiro-ministro cessante, Mute Egede, um dos grandes derrotados das eleições, mas que, apesar disso, conservou sete mandatos.
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