"Este é o último aviso antes do ataque! As organizações terroristas estão a regressar e a lançar os seus foguetes a partir de zonas civis. Já avisámos esta zona muitas vezes", afirmou o porta-voz das forças armadas israelitas em língua árabe, Avichay Adraee, num comunicado militar.
A ordem foi dada depois de as Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, terem disparado três projéteis contra o território israelita, fazendo disparar os alarmes dos ataques aéreos em Telavive e arredores, no primeiro lançamento com origem em Gaza desde janeiro altura que se iniciou um cessar-fogo.
Adraee informou os habitantes de Gaza para se deslocarem para abrigos a oeste, perto da costa, onde se situa a "zona de segurança" de Mawasi, criada pelos militares apesar de ter sido bombardeada várias vezes durante a guerra.
Na quarta-feira, o exército bombardeou a zona, matando uma mulher grávida e o seu filho, noticiou a Al Jazeera do Qatar, um dos poucos meios de comunicação social presentes no enclave, uma vez que Israel proíbe o acesso à imprensa internacional, segundo a agência noticiosa EFE.
As ordens de evacuação reforçam as que já tinham sido emitidas na quarta-feira quando as forças armadas pediram a evacuação de Juzaa, Abbasan al Kabira e Abbasan al Jadida, a leste de Khan Younis e adjacentes à "zona tampão" ao longo da fronteira com Israel, para onde as tropas se retiraram durante o cessar-fogo.
Desde que Israel interrompeu o cessar-fogo, bombardeando Gaza na madrugada de terça-feira, pelo menos 506 palestinianos morreram e 909 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza.
As tréguas de janeiro resultaram de um acordo entre Israel e os islamitas palestinianos do Hamas, depois de mais de 15 meses de conflito iniciado pelo ataque do Hamas a 07 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortos e cerca de 250 reféns, segundo Telavive.
Em resposta, Israel lançou um ataque a Gaza, que resultou em mais de 48 mil mortos, segundo as autoridades locais.
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