O secretário-geral da ONU, António Guterres, debateu hoje com os líderes da União Europeia (UE) a situação atual e destacou a "forte ligação" entre os dois blocos.
De acordo com fonte europeia, Guterres agradeceu à UE a "forte ligação à ONU e aos princípios do direito internacional".
No contexto político atual, o antigo primeiro-ministro debateu com os chefes de Estado e de governo dos 27 a guerra de agressão russa contra a Ucrânia, bem como a situação no Médio Oriente e noutras regiões.
Durante o almoço de trabalho em que Guterres participou, foram ainda discutidos o empenho europeu a nível internacional e de construir uma rede de parceiros que reflita o atual mundo multipolar.
As conversações sobre a solução para Chipre, realizadas em Genebra no início desta semana, também fizeram parte do debate com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os líderes da União Europeia (UE) pediram hoje "verdadeira vontade política" à Rússia para um cessar-fogo na Ucrânia e admitiram aumentar a pressão, num apelo que não foi subscrito pela Hungria, que continua contra o apoio a Kiev.
Num texto de conclusões do presidente do Conselho Europeu, António Costa, sobre o apoio da UE à Ucrânia e que foi subscrito por 26 chefes de Governo e de Estado da UE -- incluindo o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e sem contar com a assinatura do líder húngaro, Viktor Orbán --, é pedido "à Rússia para que demonstre uma verdadeira vontade política de pôr termo à guerra".
Os líderes da UE debateram com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, as mais recentes evoluções da situação, estando agendadas para segunda-feira, novas rondas negociais entre Washington e Kiev e Washington e Moscovo.
"As sanções devem manter-se em vigor até que a Rússia comece a retirar-se do nosso território e até que a Rússia tenha compensado integralmente os danos causados pela sua agressão", argumentou Zelensky, durante a vídeoconferência com os líderes da UE na cimeira em Bruxelas.
Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Leia Também: Zelensky exige que Putin ponha fim a exigências "inúteis"