Trump 'ataca' com tarifas, mas admite "pequena redução" à China. Como?

O presidente norte-americano equacionou que poderá conceder uma "pequena redução" nas tarifas de Pequim - mas há um senão.

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© Bonnie Cash/UPI/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
26/03/2025 23:40 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

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O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu, esta quarta-feira, que poderá levar a cabo uma "pequena redução de tarifas" sobre as importações chinesas – mas há um senão. É que, para o efeito, o chefe de Estado pretende obter a colaboração de Pequim na venda da rede social TikTok nos Estados Unidos.

 

"A China vai ter de desempenhar um papel [na venda das operações norte-americanas do TikTok], pode ter de o aprovar e, se o fizer, talvez eu lhes dê uma pequena redução de tarifas alfandegárias", equacionou, durante a cerimónia de assinatura de uma ordem executiva para aplicação de tarifas de 25% sobre todas as importações automóveis, na Casa Branca.

De acordo com o responsável, as novas tarifas sobre automóveis entrarão em vigor já na próxima semana, a 2 de abril, esperando-se que se traduzam em receitas fiscais de 100 mil milhões de dólares (93 mil milhões de euros). Recorde-se, contudo, que o magnata já tinha imposto tarifas de 20% sobre todas as importações da China e de 25% às do México e do Canadá.

Como resposta, a China impôs taxas alfandegárias adicionais de até 15% sobre as importações dos principais produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo frango, carne de porco, soja e carne de vaca, no início deste mês. Ainda assim, Pequim já tinha ripostado contra a primeira ronda de taxas, em fevereiro, com tarifas entre 10% e 15% sobre certos produtos dos Estados Unidos, além de novos controlos de exportação de minerais essenciais. Avançou, também, com uma investigação antimonopólio contra o gigante tecnológico norte-americano Google.

A eventual venda da rede social TikTok ‘arrasta-se’ desde a administração do antigo presidente, Joe Biden. De facto, a 21 de janeiro, um dia depois de ter regressado à Casa Branca, Trump assinou uma extensão de 75 dias sobre a implementação de uma lei aprovada por Biden, que proibia o TikTok de operar nos Estados Unidos, a menos que se separasse da empresa-mãe, a chinesa ByteDance. Em causa estão suspeitas de que os dados recolhidos são disponibilizados às autoridades chinesas, o que apresenta problemas em termos de segurança nacional.

Este mês, Trump afirmou que há quatro empresas interessadas no TikTok, sem mais detalhes. Segundo a imprensa norte-americana, o fundador da marca de automóveis Tesla, Elon Musk, e a Microsoft são dois dos interessados.

Saliente-se ainda que, no início de fevereiro, o chefe de Estado assinou uma ordem executiva a dar instruções aos Departamentos do Tesouro e do Comércio para criar um "fundo soberano" que poderia adquirir o TikTok.

A ByteDance lançou o Douyin, a aplicação chinesa original do TikTok, em 2016. Depois do êxito na China, criou, em 2017, uma versão global, o TikTok, que se tornou um fenómeno sem precedentes para uma aplicação chinesa, ultrapassando gigantes como as redes sociais Facebook e Instagram em velocidade de crescimento.

Leia Também: China? Trump admite redução de tarifas em troca de venda do TikTok

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