Num comunicado, a comissária europeia com a pasta da Preparação para Crises e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, sublinhou que "o sofrimento do povo de Gaza tem de acabar", acrescentando ainda que os relatos que chegam do sul de Gaza "são profundamente alarmantes", apelando a um novo cessar-fogo entre Israel e o Hamas e à libertação de todos os reféns ainda mantidos pelo grupo extremista palestiniano.
A comissária europeia destacou ainda que mais de 140.000 pessoas estão a ser deslocadas à força e, desde a rutura do cessar-fogo e o reinício dos bombardeamentos israelitas, mais de 300 crianças foram mortas.
Lahbib destacou também que o bloqueio de Israel à ajuda humanitária, que dura há um mês, "ameaça a vida de centenas de milhares de pessoas", lembrando que o uso da ajuda humanitária como arma de guerra é proibido pela lei internacional.
"Os habitantes de Gaza estão encurralados, sem qualquer forma segura de escapar à violência. Enfrentam níveis insuportáveis de morte, doença, destruição e fome. O direito humanitário internacional é claro - a ajuda humanitária deve chegar aos civis necessitados", salientou a comissária europeia, na mesma nota informativa.
Em 18 de março, Israel quebrou dois meses de tréguas com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, onde o exército retomou os bombardeamentos aéreos e a ofensiva terrestre para forçar o Hamas a libertar os últimos reféns israelitas que mantém.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, cujos números são considerados credíveis pela ONU, já morreram 1.163 pessoas no enclave desde o fim da trégua.
No total, segundo a mesma fonte, 50.523 pessoas, a maioria civis, foram mortas desde o início da guerra desencadeada pelo ataque do Hamas, no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
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