Hoje foi o último dia para a apresentação de candidaturas, e o número de candidatos pode ainda sofrer alterações após a verificação pela comissão.
A segunda volta das presidenciais, agendada para 01 de junho, será provavelmente necessária para escolher o sucessor do chefe de Estado cessante, o conservador Andrzej Duda, que continua a bloquear as grandes reformas propostas pelo Governo, assim perpetuando o caos jurídico herdado do anterior Governo nacionalista.
O presidente da câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, candidato da Coligação Cívica (KO), partido do atual primeiro-ministro, Donald Tusk, é considerado o favorito na corrida à chefia do Estado polaco, com entre 33% e 35% das intenções de voto na primeira volta, de acordo com as mais recentes sondagens.
Uma vitória deste europeísta convicto de 53 anos poria fim à difícil coabitação entre presidência e Governo e permitiria a este, no poder desde dezembro de 2023, cumprir as promessas eleitorais.
Atrás dele, dois candidatos eurocéticos disputam taco a taco a passagem à segunda volta.
Karol Nawrocki, de 42 anos, diretor do Instituto da Memória Nacional e candidato do partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), conta com o apoio de entre 19% e 23% dos eleitores, ao passo que a Slawomir Mentzen, de 38 anos, candidato da formação de extrema-direita libertária Confederação, são atribuídas entre 17% e 19% das intenções de voto.
Sem pôr em causa a validade do apoio de Varsóvia à vizinha Ucrânia, que se defende da agressão russa iniciada em fevereiro de 2022, os dois homens não hesitam em condenar o acolhimento de quase um milhão de refugiados ucranianos, atualmente no país.
Ambos os candidatos de direita são admiradores do atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Entre os outros candidatos, figuram Szymon Holownia, presidente da câmara baixa do parlamento, apoiado pelo partido de centro-direita Terceira Via, membro da coligação governamental, com 8% das intenções de voto.
Os poderes do chefe de Estado são reduzidos na Polónia, um país de 38 milhões de habitantes, membro da NATO e da UE.
No entanto, o Presidente da República coordena a política externa e a defesa, é o chefe formal do Estado-Maior das Forças Armadas, dispõe de iniciativa legislativa e tem direito de veto sobre as leis já aprovadas no parlamento.
Andrzej Duda vai deixar o cargo em agosto, após dois mandatos de cinco anos.
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