Irão prefere "eficácia" ao formato nas negociações com Estados Unidos

O chefe da diplomacia do Irão, Abbas Araqchi, defendeu esta terça-feira que o importante nas negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano é que sejam eficazes, e não se são diretas ou indiretas.

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Lusa
08/04/2025 13:52 ‧ há 2 semanas por Lusa

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As negociações vão iniciar-se no sábado, com Omã como mediador, segundo anunciou Teerão na segunda-feira à noite, pouco depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmado que as negociações seriam diretas.

 

"Na minha opinião, o facto de as negociações serem diretas ou indiretas não é de importância primordial", disse Abbas Araqchi, que se encontra em visita oficial à Argélia, à televisão estatal iraniana.

"O que realmente importa é se as negociações são eficazes ou ineficazes, a seriedade das partes, as intenções e a vontade de chegar a um acordo", afirmou, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano advertiu que não aceitará "qualquer outro método de negociação".

Araqchi anunciou que irá liderar a delegação iraniana e que a delegação norte-americana será chefiada pelo enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Omã, Badr bin Hamad al-Busaidi, desempenhará o papel de intermediário, de acordo com meios de comunicação iranianos.

Araqchi manifestou confiança em Omã como mediador "devido aos seus bons antecedentes".

O ministro insistiu que o importante é que exista uma "vontade real da outra parte" de chegar a um acordo, referindo-se aos Estados Unidos, e que uma negociação indireta "pode garantir uma conversa real e eficaz".

Disse ainda que o principal objetivo iraniano é o levantamento das sanções económicas dos Estados Unidos contra o país persa.

Durante o primeiro mandato (2017-2021), Trump retirou os Estados Unidos de um acordo nuclear com o Irão em 2018, três anos depois de ter sido pela administração Barack Obama (2009-2017).

O acordo envolvia também a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e a Alemanha.

O pacto limitava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções económicas.

Com a saída do acordo, Trump restabeleceu as sanções contra a República Islâmica.

O Irão e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1980, mas trocam informações indiretamente através da embaixada suíça em Teerão, que representa os interesses norte-americanos.

Leia Também: Netanyahu analisou com Trump medidas contra programa nuclear do Irão

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