"A campanha de detenções lançada pelas forças de segurança da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia contra o nosso povo na sequência da sua participação em marchas e eventos de apoio a Gaza é um indicador perigoso e um comportamento que beneficia os objetivos da ocupação", argumentou o grupo.
Para o Hamas, esta campanha é uma "nova punhalada nas costas" do povo e da causa palestiniana, que "atravessa atualmente a sua fase mais perigosa", segundo a citação feita pelo diário palestiniano 'Filastin'.
O grupo garantiu que foi detido nas últimas horas um membro do Conselho Municipal de Beita, assim como vários participantes numa marcha em Ramallah, antes de afirmar que a autoridade liderada por Mahmoud Abbas "procura impedir qualquer movimento popular de apoio a Gaza e de rejeição dos crimes da ocupação".
"Trata-se de um crime nacional e moral, numa altura em que é necessário um amplo movimento nacional para pôr fim às mortes, deslocações e destruição na Cisjordânia", segundo a mesma fonte, referindo-se ao aumento das operações militares nesta parte dos Territórios Palestinianos Ocupados.
As acusações surgem um dia depois de os palestinianos que vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental terem participado numa greve geral para denunciar a ofensiva do exército israelita contra a Faixa de Gaza, lançada há 18 meses em resposta aos ataques de 07 de outubro de 2023 do grupo islamita e de outras fações palestinianas.
As autoridades de Gaza garantem que ofensiva militar israelita matou mais de 50.800 pessoas, incluindo as mais de 1.400 vítimas contabilizadas desde 18 de março, quando o exército israelita voltou aos ataques durante o cessar-fogo alcançado em janeiro.
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