"Não estou a querer prejudicar [o México], mas três fábricas de automóveis que estavam a ser construídas lá pararam e vão reabrir aqui nos Estados Unidos por causa das tarifas", disse Trump durante uma reunião de gabinete, sem referir quais os fabricantes envolvidos.
"Isto nunca deveria ter acontecido. (...) Perdemos 90 mil fábricas desde o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte)", criticou Trump.
O presidente republicano disse que a presidente mexicana Claudia Sheinbaum é "uma mulher fantástica e muito boa" e salientou que pessoalmente gosta do México.
"Tivemos muitas conversas. Ela é muito cortês", acrescentou sobre a presidente.
Em março, Trump congelou a imposição de impostos alfandegários sobre os produtos abrangidos pelo acordo comercial trilateral USMCA - que envolve Estados Unidos, México e Canadá - embora tenha mantido a taxa de 25% sobre as importações mexicanas de aço, alumínio e de automóveis, que se mantêm em vigor.
A Casa Branca garantiu na quarta-feira que não serão aplicadas tarifas alfandegárias de 10% ao México e ao Canadá, retificando o que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, tinha dito anteriormente.
"Nenhum desses dois países receberá o nível básico de 10% neste momento", disse um funcionário do gabinete presidencial dos EUA quando questionado pela agência espanhola EFE.
Pouco antes, Bessent tinha respondido afirmativamente quando questionado se o México e o Canadá estavam incluídos no esquema tarifário anunciado hoje pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Na quarta-feira, Trump recuou na ofensiva comercial que anunciou há uma semana, suspendendo durante 90 dias sobretaxas nas importações da grande maioria dos seus parceiros comerciais, que serão taxadas a 10 por cento.
O líder republicano anunciou, em fevereiro, que iria punir o México e o Canadá - com o argumento de que não fazem o suficiente contra a imigração ilegal e o tráfico de fentanil - com uma tarifa de 25%.
Isto apesar de, em março, ter congelado a aplicação desta taxa aduaneira aos bens incluídos no acordo comercial trilateral T-MEC.
O México e o Canadá ficaram de fora da lista de países punidos a 02 de abril, quando Trump anunciou o que chamou de "tarifas recíprocas", que implicavam taxas generalizadas de 10% e volumes mais elevados para outras regiões e países - como a China ou a União Europeia (UE) - que importam muito para os EUA e têm grandes défices com a principal economia mundial.
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