Sinais luminosos e o som do que se julga ser um telemóvel nos escombros do edifício que ruiu há 15 dias, em Banguecoque, na Tailândia, estão a aumentar a esperança de encontrar sobreviventes, na sequência do sismo que assolou aquela região e Myanmar.
A Fundação Phetkasem, que está no local a prestar assistência, disse ter detetado um sinal luminoso “possivelmente proveniente do telemóvel de um sobrevivente”, que “se ligava e desligava ao comando dos socorristas”, noticiou a agência EFE, esta sexta-feira.
A equipa deu ainda conta que ouviu um som semelhante ao de um telemóvel Samsung “a ligar e a desligar”, pelo que as autoridades estão a utilizar uma câmara para investigar.
"Os agentes [pediram] ao sobrevivente que desligasse a lanterna do telemóvel se estivesse vivo. Depois, a luz branca foi desligada. Depois pediram para a ligar novamente e ela piscou", disse à imprensa um membro da Fundação Phetkasem, Phakphon Methipakdee.
Entretanto, foram detetadas duas possíveis vítimas a um e três metros de profundidade, com recurso a um radar. As equipas estão, por isso, a remover os escombros, ao mesmo tempo que bombeiam oxigénio.
"Estamos a agarrar-nos à esperança. Alguns podem dizer que os milagres não existem, mas talvez desta vez aconteça um. É por isso que estamos a dar tudo. Mas se a pessoa está viva ou não, ainda não sabemos, porque não a vimos com os nossos próprios olhos", disse.
As operações estão em curso desde 28 de março, dia em que um edifício de 30 andares perto do mercado turístico de Chatuchak desabou, como consequência do impacto do sismo de magnitude 7,7 que assolou Myanmar.
Pelo menos 27 pessoas morreram em Banguecoque devido à queda do arranha-céus. Contudo, 67 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Autoridade Metropolitana. Estariam cerca de 300 trabalhadores no prédio ou no terreno adjacente no momento do terramoto.
Em Myanmar, o sismo já provocou mais de 3.600 mortos, segundo dados da junta militar.
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