Juíza valida operações de fiscalização da imigração em locais de culto

Uma juíza federal norte-americana validou hoje operações de fiscalização em locais de culto por agentes de imigração, uma nova política da administração de Donald Trump, rejeitando uma ação judicial interposta por várias confissões religiosas.

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Lusa
12/04/2025 10:11 ‧ há 1 semanas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

A juíza distrital Dabney Friedrich, de Washington, recusou conceder uma injunção aos queixosos, mais de duas dezenas de igrejas cristãs e judaicas, representativas de milhões de americanos, que argumentam que a política viola o direito de praticar a sua religião.  

 

As ações de fiscalização da imigração conduzidas dentro ou à volta de igrejas ou outros locais de culto, justificou a magistrada nomeada por Trump durante o seu primeiro mandato presidencial, são poucas e as provas não mostram "que os locais de culto estão a ser escolhidos como alvos particulares".  

Desde que o Presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro, refere a queixa, a participação de fiéis diminuiu significativamente, com algumas áreas a apresentarem quedas percentuais de dois dígitos.

A juíza, no entanto, concluiu que os queixosos não demonstraram que tal estivesse definitivamente ligado a uma política específica para as igrejas, em oposição a ações mais amplas do Serviço de Imigração e Alfândegas ou de outras agências.  

"As provas sugerem que os fiéis estão a ficar em casa para evitar o contacto com o ICE nos seus próprios bairros, não porque as igrejas ou sinagogas sejam locais de alto risco", escreveu a juíza na sua deliberação.

Para Friedrich, isto significa que simplesmente reverter a política sobre os locais de culto não implicaria necessariamente que os imigrantes regressariam à igreja.

A 20 de janeiro, o primeiro dia do seu segundo mandato, Trump revogou uma política do Departamento de Segurança Interna que limitava os locais onde poderiam ocorrer detenções de migrantes.  

A sua nova política determina que os agentes de campo, com "bom senso" e "discrição", podem conduzir operações de fiscalização da imigração em locais de culto sem a aprovação de um supervisor.

Os advogados dos queixosos alegaram que a nova diretiva de Segurança Interna se afasta da política governamental de 30 anos contra a realização de operações de fiscalização da imigração em "áreas protegidas" ou "locais sensíveis".

Em fevereiro, um juiz federal em Maryland decidiu contra a administração Trump num caso semelhante interposto por uma coligação de vários grupos religiosos, como os Quakers.  

A ordem do juiz distrital dos EUA Theodore Chang nesse caso foi limitada a este grupo de queixosos.

Noutro processo sobre a reversão de uma política semelhante que tinha limitado as detenções de imigrantes nas escolas, um juiz no Colorado tomou o partido da administração Trump.

Leia Também: Polícia dos EUA encontra assassino que tinha sido libertado por engano

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