Foi marcada uma audiência na justiça brasileira, para a próxima semana, sobre o caso de 'Teddy', o animal de assistência de uma menina autista de 12 anos, que foi impedido de embarcar na cabine de um avião da TAP, no passado sábado, que iria fazer a viagem desde Rio de Janeiro, no Brasil, até Lisboa, em Portugal.
O site brasileiro g1 noticia que esta audiência poderá determinar se o animal vem ou não para o nosso país. 'Teddy', que está longe da menina há 49 dias, tem vindo a perder peso desde que se separou da companheira de 12 anos, que não se comunica pela fala.
Note-se que o voo da companhia aérea portuguesa foi cancelado e impedido de descolar pela Polícia Federal brasileira, depois de a tripulação ter recusado o embarque do animal.
Um oficial de justiça relatou ao meio brasileiro como foi a conversa dos responsáveis da empresa com a polícia federal.
“Ao observar que a TAP estava mais inclinada ao cancelamento do voo que ao cumprimento da ordem, esclareceu o senhor delegado que até o embarque do animal na cabine nenhum voo da TAP sairia do aeroporto, a não ser que conseguissem derrubar a liminar", notou.
Numa outra entrevista, o site brasileiro questionou a bióloga da secretária estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Danielle Cristo, acerca do porquê de o animal não poder viajar no porão do avião, tendo respondido que, como o nome diz, "ele está de serviço, está ali para auxiliar aquela pessoa que tem o cão de serviço".
"Então, não tem lógica ele estar no porão. A pessoa precisa do cão e faz o quê? Não tem como o avião parar e pegar o cão", disse.
Por sua vez, o pai da menina explicou a relação do animal com a filha: "É esse o papel de Teddy, nos sinalizar quando a parte do cortisol dela, a parte hormonal dela, se desequilibra, dando sinal de que vai acontecer a crise. Esse foi todo o treinamento dele".
A notícia do g1 faz ainda referência ao cancelamento do voo que foi criticado em Portugal, tendo em conta o facto de a TAP ser uma empresa pública.
A TAP explicou que "a ordem judicial das autoridades brasileiras violaria o Manual de Operações de Voo da TAP Air Portugal" e que o cão não tinha um certificado de animal de serviço emitida por entidades reconhecidas pela companhia aérea.
No entanto, a família da menina contou que, quando compraram os bilhetes de avião, não havia essa exigência e que 'Teddy' tem um certificado internacional aceite pelo Governo português.
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