Segundo o Hamas, que controla Gaza, as imagens de civis a correr em direção aos centros de distribuição de ajuda "confirmam o fracasso do mecanismo israelita" que ameaça a vida dos civis.
"Este sistema procura beneficiar os objetivos políticos e militares da ocupação (de Israel), e não fornecer ajuda", acusou o Hamas, citado pelo jornal palestiniano Filastin.
Os islamitas acrescentaram que a proibição da entrada de ajuda através dos postos fronteiriços oficiais constitui uma violação do direito internacional e pediram à ONU que garanta a entrada de ajuda através de agências internacionais.
Horas antes, as autoridades de Gaza anunciaram a morte de três civis num dos centros de distribuição na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, que deixou também 46 feridos.
Segundo o Hamas, sete pessoas continuam desaparecidas depois de terem sido vistas no local de distribuição organizado por Israel.
Um comunicado do gabinete de imprensa das autoridades de Gaza sobre o incidente refere que as tropas israelitas abriram fogo contra "civis esfomeados que foram convidados a deslocar-se ao local para receber ajuda".
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu voltou a defender o plano de distribuição de ajuda à Faixa de Gaza, depois de ter aberto dois pontos de ajuda no sul do enclave na terça-feira.
Netanyahu disse ainda que as acusações sobre a situação de fome entre os civis palestinianos num momento em que a comunidade internacional alerta para uma profunda crise humanitária no enclave, são mentira.
O Hamas disse hoje que o número de mortos na ofensiva israelita contra o Hamas aumentou para 54.100, desde outubro de 2023.
A guerra em Gaza foi desencadeada após um ataque do Hamas contra território israelita em que os islamitas mataram 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas.
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