Esta é a percentagem mais elevada registada desde que o European Drought Observatory (EDO) o começou a fazer em 2012.
O valor excede em 20 pontos percentuais a média do período 2012-2024, que é de 30%.
O indicador de seca do observatório do programa europeu Copernicus, baseado em observações obtidas por satélite, combina três parâmetros: precipitação, humidade dos solos e estado da vegetação.
Depois, classifica os resultados em três níveis de seca: vigilância, aviso e alerta.
De 11 a 20 de maio, 42% dos solos europeus e da bacia mediterrânica estavam em défice de humidade (aviso) e cinco por cento em alerta, o que significa que a vegetação se desenvolvia de forma anormal.
Os países da Europa do Norte, do leste e central eram particularmente afetados, com taxas de alerta elevadas.
De forma detalhada, 19% do território ucraniano estava em alerta e outros países estavam em situação preocupante, como a Bielorrússia (17%), Polónia (10%), Hungria e Eslováquia (9%).
Mais a sul, as taxas de alerta atingiam ou superavam os 20%, como na Síria, em Chipre e nos Territórios Palestinianos.
Sem estarem em estado de alerta, alguns países estavam muito afetados pela seca nos vários níveis, nomeadamente o Reino Unido, que tinha 98% do seu território em causa. Esta situação dura desde meados de março, com uma média de 81% dos solos britânicos afetados, com 60% a apresentar défice de humidade (aviso) no período.
O Reino Unido conheceu a sua primavera mais quente e seca desde há mais de 50 anos, com apenas 128,2 milímetros de chuva entre o início de março e o fim de abril, anunciou na segunda-feira a agência meteorológica britânica, o Met Office, o que já está a afetar os agricultores e as reservas de água. Mais propriamente, a Inglaterra "conheceu a sua primavera mais seca desde há mais de 100 anos".
Em mados de maio, Portugal e a Espanha tinham sido poupados a esta situação, segundo o EDO, com taxas de seca das mais fracas entre as registadas, 0,2% e 2,3%, respetivamente. Em França, menos de um terço do território (31%) estava afetado, essencialmente no norte do país.
O Banco Central Europeu preveniu em 23 de maio para os riscos económicos da seca, que pode ameaçar até 15% da produção da zona euro em caso de episódios extremos, cuja frequência se espera que aumente devido à rutura climática global.
Leia Também: Esta é a melhor forma de secar a pele depois do banho