"Acreditamos que estamos muito perto, muito perto de um consenso, sobre um compromisso de 5% para a NATO [na cimeira de] Haia", a 24 e 25 de junho, afirmou Peter Hegseth, no final da reunião com os homólogos da Aliança, na sede da NATO, em Bruxelas.
"Há alguns países que ainda não chegaram lá. Não vou referir nomes, não fazemos isso entre os amigos nesta sala. Nós os conduziremos até lá", acrescentou aos jornalistas.
Mais cedo, o secretário-geral da NATO declarou que as metas da organização seriam decididas nesta reunião de ministros de Defesa da organização.
"Hoje, nós decidiremos as metas. A partir daí, vamos avaliar as lacunas que temos, não só para nos defendermos hoje, mas também daqui a três, cinco, sete anos", afirmou Mark Rutte aos jornalistas antes de presidir à reunião.
"Todos estes investimentos precisam de ser financiados", acrescentou Rutte.
Os ministros da Defesa da NATO devem aprovar as metas para a despesa com material militar para a defesa do território da Aliança Atlântica, depois de os Estados Unidos e alguns países-membros terem pedido um aumento das despesas com a segurança.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os homólogos da NATO vão reunir-se a 24 e 25 deste mês, em Haia, para definir as metas de investimento na defesa.
Para garantir o sucesso da cimeira de Haia, Mark Rutte propôs um montante global de 5% em defesa, mas sob a forma de uma combinação de dois tipos de despesas.
Rutte propôs aumentar o nível das despesas militares, em sentido estrito, para 3,5% do produto interno bruto (PIB) até 2032 e, ao mesmo tempo, aumentar todas as despesas relacionadas com a segurança, no sentido mais amplo, como a proteção das fronteiras, a mobilidade militar e a cibersegurança, para 1,5% do PIB.
Este objetivo parece mais facilmente alcançável, dado que se refere a gastos duplos, civis e militares, já comprometidos ou planeados pelos Estados.
O responsável da NATO referiu ainda que a defesa aérea e antimíssil, as armas de longo alcance e "grandes formações de manobra terrestre estão entre as principais prioridades" da organização transatlântica.
O conflito na Ucrânia mantém-se como um dos principais focos de preocupação dos aliados e impôs novos desafios à segurança europeia, que serão abordados nesta reunião ministerial.
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