Chapo pede para se "esquecer fronteiras" nos negócios com Essuatíni

O Presidente de Moçambique pediu hoje para se esquecer as "fronteiras administrativas e políticas" na viabilização de negócio com o vizinho Essuatíni, apelando para se "desbloquear" qualquer barreira que impeça o crescimento das economias dos dois países.

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Lusa
09/06/2025 16:31 ‧ há 5 horas por Lusa

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Presidente de Moçambique

"Queria aproveitar esta ocasião para dizer que, como vizinhos, irmãos, temos que ver as oportunidades tanto em Moçambique como Essuatíni como oportunidades em comum e, unidos, com responsabilidades partilhadas, investimentos partilhados, nós podemos crescer e criar melhores condições de vida para os nossos povos e fazer crescer as nossas economias", disse o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, que está de visita ao país vizinho.

 

O Presidente moçambicano apresentou hoje as potencialidades de negócios do país numa reunião com empresários moçambicanos e do Essuatíni, em que defendeu "uma visão estratégica comum" entre os dois países para viabilizar negócios.

"Às vezes, [é preciso] esquecermos as fronteiras administrativas e políticas e ver os nossos territórios como um território único para oportunidades de negócios, tanto de um lado como do outro", disse Chapo.

"Se ficarem atentos, vão perceber que, em outra parte do mundo, já não há fronteiras, praticamente. A Europa tem uma moeda comum, o Euro, e posso ter um visto que me permite circular por todos os países da União Europeia sem dificuldades. E nós continuamos a criar barreiras entre nós, são essas barreiras que não nos fazem crescer economicamente", acrescentou o Presidente moçambicano.

Daniel Chapo pediu união entre todos os países africanos para se alavancar a economia do continente, repetindo ser fundamental para o desenvolvimento.

"Precisamos de desbloquear tudo aquilo que não permite fazer crescer as nossas economias e essa é nossa responsabilidade como Estado e ter uma visão estratégica comum para podermos fazer negócios sem barreiras, negócios interafricanos", disse.

Daniel Chapo criticou igualmente a falta de ligações aéreas entre vários países africanos, o que afirmou ser uma barreira para os negócios.

O Presidente de Moçambique apelou à união, sobretudo dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), alertando que "ninguém cresce sozinho".

"A SADC, em si, é um grande mercado e nós temos que pensar grande como países para desenvolvermos a nossa região e a região só pode desenvolver-se se nós realmente investirmos. Não precisa ser só com nosso dinheiro, mas com dinheiro daqueles que vêm à procura de oportunidades de negócio. Nós temos recursos, se soubermos sentar e negociar como Estados, como países", apontou.

Na mesma intervenção, Chapo pediu aos empresários do Essuatíni investimentos na área de energia, apontando que Moçambique possui uma localização estratégia, investimentos em andamento e fontes diversificadas de energia para alimentar toda a região da SADC.

"Temos uma localização estratégica e, sobretudo, temos recursos como rios que podem produzir energia hídrica, também temos o gás, podemos construir centrais a gás para produzir energia elétrica, temos sol todo o ano, temos uma localização geográfica que nos leva a estar ao lado do mar e que produz vento e que podemos produzir energia eólica", exemplificou Chapo.

"Não podemos olhar para a crise de energia como uma fatalidade, mas como uma oportunidade para resolvermos a situação e, consequentemente, fazermos dinheiro", acrescentou.

Daniel Chapo também falou das potencialidades de Moçambique nas áreas do turismo, agricultura, transportes e logística, apontando que o país possui recursos naturais para viabilizar projetos.

"Por exemplo, na África do Sul tem mais de 500 campos de golfe, em Essuatíni estão a construir campos de golfe todos os dias, Moçambique não tem nem um campo em condições, um sequer, um", lamentou o chefe de Estado moçambicano.

Leia Também: Pessoas albinas ainda sofrem "estigmas profundos" em Moçambique

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