Feleti Teo está em Nice, França, a participar na Conferência das Nações Unidos sobre o Oceano (UNOC3) e disse em conferência de imprensa que "o aumento do nível da água do mar é a grande ameaça para Tuvalu".
"Em 2050, 60% de Tuvalu estará coberto pelo mar, será um grande desastre. Ponham-se na minha situação", alertou.
"O nosso território está comprometido, não temos opção, não há montanhas para onde nos possamos mover", afirmou, referindo que o país está a sentir o efeito das alterações climáticas que provocam a subida do nível da água do mar.
Ao abrigo de um tratado com Camberra para fazer face ao problema, os primeiros tuvaluanos (cerca de 300) vão poder candidatar-se a viver na Austrália, recordou.
O pequeno país é constituído por nove ilhas de coral e tem 11.000 habitantes.
Feleti Teo disse ainda que sempre que tem oportunidade "pede financiamento para se poder adaptar e ter mais tempo" para lidar com o problema, tendo iniciado um programa de adaptação costeira que consiste em mover areia para o interior da ilha.
"O problema é que não tem havido financiamento, apenas quatro milhões de dólares (3,45 milhões de euros)", disse.
Alertou ainda aos países presentes na UNOC3 para a necessidade de "cortar as emissões que provocam as alterações climáticas".
"Espero que nos oiçam. Como pequeno país não temos essa influência, mas precisamos de manter a pressão para continuar a contar a nossa história", disse.
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