Governo caiu, Marcelo dá início ao 'sprint': Ter solução "em dois meses"

O Presidente da República recebe hoje os partidos políticos com assento parlamentar no Palácio de Belém para discutir a crise política e o cenário de legislativas antecipadas.

Notícia

© Ueslei Marcelino/Reuters

Lusa
12/03/2025 07:07 ‧ há 7 horas por Lusa

País

Crise política

Marcelo Rebelo de Sousa tinha sinalizado que, se a moção de confiança fosse rejeitada provocando a queda do Governo, o "calendário eleitoral" apontaria para meados de maio, mais concretamente entre 11 e 18 de maio.

 

O chefe de Estado nunca se referiu explicitamente à antecipação das legislativas, mas depois de ter dissolvido a Assembleia da República há cerca de um ano, após a demissão do anterior primeiro-ministro, António Costa, na sequência do processo Influencer, deixou entender que desta vez voltaria a optar pela mesma solução.

Quando se tornou evidente que a moção de confiança seria rejeitada, como viria a acontecer na terça-feira, o Presidente prometeu agir o mais rapidamente possível, convocando os partidos para o dia seguinte e o Conselho de Estado para dois dias depois, os dois passos constitucionalmente obrigatórios antes de qualquer dissolução do parlamento.

Eleições o mais rápido possível?

Marcelo considerou fundamental que "a economia, a sociedade e a vida das pessoas continuem", num período que não será "mais longo do que dois meses" e "antes ainda daquilo que possam vir a ser as eleições autárquicas e as eleições presidenciais em normalidade", embora manifestando preocupação com a antecipação das eleições num cenário de crise internacional.

O chefe de Estado vai receber em Belém delegações do PSD, PS, Chega, IL, BE, PCP, Livre e PAN, entre as 11:00 e as 19:00, com quem deverá debater a crise política e a data das próximas legislativas.

O Conselho de Estado foi convocado para quinta-feira.

A crise nascida de uma empresa familiar

A crise política foi desencadeada há cerca de um mês após notícias sobre uma empresa familiar que pertenceu ao primeiro-ministro, a Spinumviva, levando à apresentação de duas moções de censura do Chega e PCP, ambas chumbadas. Face às dúvidas que os partidos continuaram a manifestar, o primeiro-ministro anunciou a apresentação de uma moção de confiança, rejeitada na terça-feira, que provocou a queda do Governo.

As dúvidas sobre antiga empresa de Luís Montenegro, que antes de ir para o Governo passou à sua mulher e mais recentemente aos seus filhos, levou o PS a apresentar uma comissão parlamentar de inquérito para produzir resultados num prazo de 90 dias. No debate em plenário, o Governo admitiu retirar a moção de confiança caso o PS reduzisse o tempo do inquérito para 15 dias mas o PS rejeitou.

Após uma interrupção dos trabalhos durante meia-hora, o PSD fez saber que propôs ao PS que o inquérito durasse até final do mês de maio, ou seja, cerca de dois meses, proposta que também foi rejeitada pelo PS. O requerimento do PS para uma comissão de inquérito propõe um prazo de até 90 dias.

Leia Também: Mandato foi "interrompido no pior momento". Caiu "um bom Governo"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas