"É absurdo comparar uma escola que, ao longo dos anos, tem uma média de 11 valores, com uma escola de 17. Não faz sentido, são organizações diferentes com objetivos diferentes. Mas é relevante ver as escolas com que sou comparável", considerou o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo.
"Ajuda na sua melhoria", defende o representante dos colégios que vê nos 'rankings' das escolas uma oportunidade para aprender com as escolas que, sistematicamente, alcançam bons resultados.
E dá o exemplo das diferenças, que se observam ano após ano, entre as escolas do norte e sul do país, públicas e privadas, as primeiras tendencialmente com médias mais altas tanto nos exames nacionais e como nas classificações internas.
"Não será certamente porque a água do Douro tem alguma particularidade", ironiza Rodrigo Queiroz e Melo, para insistir que seria interessante perceber o que as escolas daquela região fazem diferente.
Os 'rankings' das escolas foram divulgados hoje e na lista que compara as médias obtidas nos exames nacionais, os colégios privados voltam a surgir no topo da tabela, com a primeira escola pública a surgir apenas em 33.º lugar.
Tem sido assim nos 25 anos desde que estes dados são divulgados, sempre com críticas de professores e diretores das escolas públicas, que criticam os 'rankings' por considerarem que comparam realidades incomparáveis e estigmatizam os estabelecimentos de ensino público.
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