O buzinão, convocado para começar às 17h30 e acabar às 19h30 na Avenida Europa, junto à rotunda de acesso à Renault em Cacia, tem por fito exigir o fim dos pórticos de cobrança de portagens nas autoestradas A25, A29 e A17.
A iniciativa surge na sequência da aprovação parlamentar do decreto que eliminou as portagens em lanços e sublanços de autoestradas do interior e em vias sem alternativas de qualidade e segurança, "uma conquista que o MUSP saúda, mas considera tardia e insuficiente".
"Na A25 ainda temos três pórticos, entre a Albergaria-a-Velha e Aveiro, temos cobrança também na saída da A29 para Aveiro, e na A17, desde Oliveirinha, e entre o estádio e a saída para a A25 para Aveiro", descreveu à Lusa António Nabais do MUSP.
"Aveiro está aqui rodeada de portagens, à entrada e à saída da cidade", resume.
O movimento sublinha que os utentes já pagaram uma parte significativa dos custos de construção dessas vias, bem como as "rendas ruinosas" das Parcerias Público Privadas (PPP) e os seguros associados.
António Nabais salienta que a antiga estrada 109 não serve de alternativa e as povoações que atravessa vêm descarregar o intenso tráfego, nomeadamente de pesados, nos arruamentos urbanos para "fugir às portagens".
"A EN109 toda a gente sabe como é que está e a falta de segurança é evidente, pois esta é uma das estradas das mais concorridas a nível nacional", critica.
O excesso de tráfego de atravessamento faz-se sentir desde Aveiro até Estarreja, passando por Esgueira, Cacia, Fermelã, Canelas, e Salreu, "o que está a afetar as populações pelo estrangulamento viário".
O MUSP defende "o direito à igualdade em todo o território nacional", pelo que exige a eliminação das portagens e a retirada de todos os pórticos.
"Os utentes há mais de 13 anos que lutam pela abolição das portagens e conseguiu-se com isso o fim das portagens no interior, mas falta fazer o mesmo no litoral" concluiu António Nabais.
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