Questionado sobre a recente averiguação preventiva que lhe foi aberta, na sequência de uma denúncia anónima, Pedro Nuno Santos disse que "provavelmente, durante o dia de hoje" será enviado o requerimento formal ao Ministério Público pedindo para ser ouvido pelo Ministério Público.
Em declarações aos jornalistas na abertura da Fábrica 2030, conferência promovida pelo jornal Eco, Pedro Nuno Santos recusou fazer qualquer crítica ou apreciação sobre trabalho do Ministério Público, pelo qual afirmou ter "total respeito", insistindo que as "as denúncias anónimas feitas nesta altura tiveram uma motivação política".
Para o líder do PS, uma vez que este tema sobre a compra das suas duas casas foi levantado durante a campanha eleitoral, era importante "se pudesse ser clarificado antes de os portugueses serem chamados às urnas", no dia 18 de maio.
"Acho que isso era útil porque é um tema que surge durante uma campanha em que o país está a ser mobilizado para fazer uma escolha sobre quem vai ser o parlamento, mas também sobre quem vai ser o líder do país", disse.
Pedro Nuno Santos apontou que esta decisão que os portugueses têm que tomar nas eleições é "demasiado importante para que não haja um esforço de todas as instâncias para que as coisas sejam resolvidas até às eleições".
"Era correto, não tanto por mim, era pelos portugueses que vão fazer uma escolha no dia 18 de maio e têm que saber se têm algum motivo de preocupação com quem têm à sua frente", defendeu.
A documentação prometida pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a compra das suas duas casas foi publicada na quinta-feira no 'site' da campanha, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.
Na quarta-feira, na sequência da notícia de que Ministério Público abriu uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, Pedro Nuno Santos prometeu publicar estes documentos hoje, pediu para ser ouvido pelo Ministério Público e disse que "quem não deve não teme, quem não teme não foge".
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