"Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado"

O presidente do Conselho Europeu defendeu hoje que "Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado", destacando o desenvolvimento económico e social do país, 40 anos após a assinatura da adesão portuguesa ao bloco europeu.

Ceremony commemorating the 40th anniversary of the signing of the EEC Accession Treaty

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Lusa
12/06/2025 10:56 ‧ ontem por Lusa

País

António Costa

"Chegados a 2025, Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado. Uma relação de confiança, entendimento e benefício mútuo", referiu António Costa, intervindo na cerimónia de comemoração dos 40 anos da assinatura de Portugal do Tratado de Adesão às Comunidades Europeias, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

 

A entrada na então CEE, em 01 de janeiro de 1986, foi "refundador para Portugal, por culminar o ciclo da democratização portuguesa iniciado com o 25 de Abril".

"A assinatura do tratado de adesão não só encerrou o período transitório do regime democrático português, como iniciou a era de maior desenvolvimento social e económico da história de Portugal", assinalou.

Quatro décadas depois, a economia portuguesa cresceu 143%, "fruto da abertura do mercado interno ao espaço europeu", o salário médio foi multiplicado por oito e o PIB (produto interno bruto) per capita cresceu 11 vezes, elencou o ex-primeiro-ministro português.

Portugal, sublinhou, "é hoje uma economia aberta à Europa e ao mundo, muito mais competitiva do que então", enquanto "os indicadores de desenvolvimento humano, na saúde, educação e rendimento, estão hoje num patamar incomparavelmente mais alto".

"Este é um enorme sucesso de Portugal, fruto do trabalho dos portugueses. Mas é também fruto da solidariedade da Europa como projeto de prosperidade partilhada", destacou.

Desde a adesão ao bloco europeu, Portugal "foi sempre um parceiro ativo, leal e construtivo, sempre sabendo enquadrar os próprios interesses nacionais no quadro do interesse comum da União", prosseguiu Costa, que apontou os "contributos decisivos para a construção" da UE" nas quatro presidências, com "óbvio destaque" para o Tratado de Lisboa.

Classificando a UE como "o melhor projeto de solidariedade entre povos", o presidente do Conselho Europeu defendeu que o alargamento tem sido "o maior investimento geoestratégico pela paz e pela prosperidade".

"Hoje temos mais uma dezena de nações em negociações para entrar", recordou, nomeando a Ucrânia, a Moldova, "porventura a Geórgia", seis países dos Balcãs ocidentais e a Islândia, que "realizará um referendo" no próximo ano.

Quarenta anos depois, o Mundo passou de uma Guerra Fria para "uma ordem multipolar com interligações comerciais e diplomáticas entre todos".

"Tínhamos uma Europa dividida ao meio, ideologicamente incompatível, economicamente inconciliável. Hoje temos uma União de 450 milhões de cidadãos, um mercado comum pujante e uma moeda única forte no mundo", sublinhou.

"Precisamos dessa unidade e dessa força para defender uma ordem internacional assente em regras, fortalecer o multilateralismo, enfrentar os grandes desafios globais, como as alterações climáticas. Precisamos dessa unidade e dessa força para garantir a paz, a segurança e a prosperidade", sustentou o líder do Conselho Europeu.

Costa recordou as palavras "premonitórias" de Mário Soares, que há 40 anos, na qualidade de primeiro-ministro, assinou o Tratado de Adesão, no Mosteiro dos Jerónimos, um momento que assinalou como "uma data de bom augúrio para o futuro europeu".

"Ontem, como hoje, esta é a data de bom augúrio para Portugal, para os portugueses, para os europeus e para a União Europeia", referiu.

Leia Também: Costa descreve assinatura da adesão de Portugal à UE como "passo decisivo"

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