A direção do PSD homologou hoje 57 candidatos a Câmaras Municipais, informou o partido em comunicado.
"Destas escolhas, destaque para o regresso de Pedro Santana Lopes a candidaturas do PSD, num sinal claro de unidade e agregação. O PSD privilegia a escolha dos melhores candidatos e projetos em cada localidade", refere o partido, em comunicado.
Esta será a primeira vez que Pedro Santana Lopes concorrerá com o apoio do PSD desde que deixou o partido em 2018, depois de o ter liderado entre 2004 e 2005, altura em que foi também primeiro-ministro.
A CPN é o órgão que, no PSD, tem a competência estatutária para homologar candidaturas aprovadas pelas distritais e propostas pelas concelhias.
O antigo primeiro-ministro Santana Lopes governa o município figueirense desde 2021, pela segunda vez, depois de ter sido presidente de Câmara duas décadas antes, entre 1997 e 2001.
Nas últimas autárquicas, foi eleito como independente sem maioria absoluta, mas um acordo com o então líder local do PSD, Ricardo Silva, único vereador social-democrata na Câmara da Figueira da Foz, garantiu a maioria ao executivo da FAP a partir de junho de 2023.
Entre os 57 candidatos hoje homologados pela direção, está uma capital de distrito, Beja, com a CPN do PSD a confirmar o apoio ao professor Nuno Palma Ferro, atual vereador na autarquia.
Foram também aprovados os candidatos a Mafra, com o PSD a apostar no líder da concelhia José Manuel Bizarro Duarte para tentar suceder a Hélder Sousa Silva (que no ano passado renunciou à presidência da Câmara para assumir o lugar de eurodeputado), ou a Matosinhos, apostando no atual vereador Bruno Pereira.
Não fazem parte da lista dos candidatos homologados hoje grandes municípios como Lisboa -- onde o atual presidente da Câmara Carlos Moedas ainda não assumiu a recandidatura -, Porto ou Sintra.
Os nomes hoje homologados somam-se a outro pacote de 43 já anunciados em 21 de janeiro, a meio de um Conselho Nacional, com o PSD a totalizar agora 100 candidatos a presidentes de Câmara já com aprovação final para as eleições autárquicas que se deverão realizar entre setembro e outubro.
Entre o lote de candidatos divulgados em janeiro, constavam três capitais de distrito: para Braga, onde Ricardo Rio atingiu a limitação de mandatos, o escolhido foi o vereador João Rodrigues; em Santarém, onde se recandidata o atual presidente da Câmara João Teixeira Leite; e, em Évora, o presidente da concelhia Henrique Sim-Sim.
Foi também aprovado nessa altura o candidato à Câmara de Cascais, o atual vice-presidente do executivo de Carlos Carreiras e líder da concelhia Nuno Piteira Lopes, bem como o de Loures, o vereador Nélson Baptista.
O PSD já definiu como objetivo tornar-se "a força política mais representativa do país" nas eleições que decorrerão em setembro/outubro de 2025, meta que foi repetida pelo presidente do partido, Luís Montenegro, no Conselho Nacional de janeiro.
Na mesma reunião e sobre eventuais coligações autárquicas, o secretário-geral do PSD afirmou perante os conselheiros nacionais que o parceiro natural continuará a ser o CDS e admitiu algumas alianças com a Iniciativa Liberal.
Já em relação ao Chega, repetiu a frase que tem sido utilizada pelo Montenegro quanto a alianças com o partido liderado por André Ventura: "Não é não".
[Notícia atualizada às 18h13]
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