Livre alerta para falta de condições no Arquivo Municipal de Lisboa

O porta-voz do Livre alertou esta terça-feira para as condições precárias do atual edifício principal do Arquivo Municipal de Lisboa, que sofre de infiltrações, salientando que os "arquivos não são memória morta de um país ou cidade".

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© Reinaldo Rodrigues

Lusa
18/03/2025 13:52 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

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"Sabemos que o arquivo está num lugar que não foi projetado para ele, que é uma necessidade grande que a cidade de Lisboa tem: ter um arquivo moderno em que os documentos estejam nas mais perfeitas condições e em que este esforço perfeitamente louvável que fazem os funcionários da Câmara, de disponibilizar aos cidadãos o arquivo e os seus documentos, possa ser feito também nas melhores condições", considerou o deputado do Livre.

 

Em ambiente pré-campanha para as legislativas de maio, Rui Tavares e uma pequena comitiva do partido visitaram as instalações do Arquivo Municipal de Lisboa, na freguesia de Campolide, onde puderam verificar alguns dos problemas do edifício.

O mais visível é o das infiltrações, com vários baldes espalhados pelos inúmeros corredores do extenso acervo documental que percorre cerca de vinte quilómetros, dedicados à história da capital do país, incluindo documentos que exigem cuidados adicionais.

O edifício principal do arquivo, no qual trabalham cerca de 80 pessoas, está localizado desde 2004 num bairro habitacional em Campolide, que era suposto ser uma solução provisória.

Segundo Rui Tavares, Lisboa "tem necessidade de ter uma grande biblioteca à escala europeia ou internacional, digna de uma capital de um país europeu", que possa ser utilizada por qualquer cidadão que necessite de "consultar um processo sobre o edifício onde mora, onde quer comprar, onde quer arrendar - o que nos dias de hoje não é fácil", ou aceder a outros serviços municipais disponíveis neste local.

"Arquivos não são memória morta de um país ou de uma cidade, neste caso uma cidade já de mais de dois milénios como Lisboa, são também economia e são também futuro. Se as pessoas querem muito rapidamente conseguir montar o seu negócio, renovar um edifício, construir um edifício novo, saber onde é que estão as infraestruturas para saber que não estão a rebentar com nenhum cano à passagem, para isso precisam de um arquivo que funcione bem, que seja rápido, que seja expedito, que tenha muitas coisas digitalizadas", salientou.

Tavares considerou que "esse esforço é feito, mas é inglório fazê-lo quando não se tem o espaço" adequado.

Um novo projeto está em vias de ser aprovado em Assembleia Municipal, com os funcionários na expectativa de que seja desta que o arquivo se possa instalar num edifício próprio e com as condições adequadas.

Atualmente, o Arquivo Municipal de Lisboa tem cerca de uma centena de trabalhadores e encontra-se fisicamente dividido em três equipamentos: no Bairro da Liberdade (edifício principal), Rua da Palma (arquivo fotográfico) e em Alcântara (videoteca).

Leia Também: Tavares insiste que primárias são abertas mas avisa que "não vale tudo"

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