PS quer agir rápido após hecatombe. Candidatos abrem caminho a Carneiro

Pela "unidade" no partido, José Carneiro será candidato único à liderança do PS. Ontem, quinta-feira, tanto Mariana Vieira da Silva como Fernando Medina saíram, oficialmente, da corrida.

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© Mário Vasa / Global Imagens

Notícias ao Minuto
23/05/2025 07:53 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto

Política

Partido Socialista

Com a saída de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral do PS, após o terceiro pior resultado da história do partido na eleições legislativas do último domingo, foram vários os nomes apontados, nos últimos dias, para ocupar o lugar de liderança. Alguns até mostraram estar disponíveis, como foi o caso da ex-ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva, mas na quinta-feira garantiram estar fora da 'corrida'.

 

As dúvidas dissiparam-se depois de Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Duarte Cordeiro garantirem que não serão candidatos à liderança do PS. Não adiantaram razões mas, segundo o semanário Expresso, a decisão terá sido tomada para deixar José Luís Carneiro sozinho, em nome da "unidade" no partido.

O ex-ministro da Administração Interna mostrou-se interessado em ocupar o cargo logo nas primeiras horas após a demissão de Pedro Nuno e tudo indica que não terá qualquer concorrência.

"Decidi disponibilizar-me, mantendo o diálogo com os meus camaradas, para servir o PS e o país. É necessário manter esse diálogo e aguardar pelas decisões dos órgãos, que vão decidir sobre a proposta que o presidente do partido vai apresentar. Nada poderá obstaculizar essa disponibilidade, mas é preciso colocá-la nos termos do diálogo que tem de continuar a ocorrer com os meus camaradas", justificou Carneiro, no dia a seguir às eleições.

Medina e Mariana Vieira da Silva afastam candidatura

Dois dos nomes mais fortes apontados nos últimos dias eram os de Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva.

No entanto, o socialista adiantou na quinta-feira que não será candidato a secretário-geral do Partido Socialista, defendendo que o PS deve "fazer uma reflexão profunda, lúcida e fria sobre o novo quadro político (...) que é particularmente exigente para o PS, mas também para a democracia portuguesa".

Já Mariana Vieira da Silva, que se tinha mostrado disponível para ocupar o cargo, também acabou por revelar que não vai apresentar uma candidatura sublinhando a necessidade de união no partido após a derrota.

Antes disso, porém, tinha até deixado um recado ao ser questionada sobre o facto de se estar a assumir José Luís Carneiro como candidato preferencial: “Passaram 48 horas de um resultado de uma dimensão tal que ninguém estava preparado para ela, e não podemos considerar que só porque alguém já estava a pensar candidatar-se tem um direito reforçado ou prioritário de ser líder do Partido Socialista”.

Afinal, Mariana Vieira da Silva afasta candidatura à liderança do PS

Afinal, Mariana Vieira da Silva afasta candidatura à liderança do PS

A socialista Mariana Vieira da Silva revelou esta noite que não vai apresentar uma candidatura à liderança do Partido Socialista (PS), sublinhando a necessidade de união no partido após a derrota nas eleições legislativas de domingo, conquistadas pela AD.

Lusa | 06:24 - 23/05/2025

Depois, numa publicação na rede social Instagram, a ex-ministra da Presidência explicou que "tendo em conta o calendário com que fomos confrontados - de estarmos a poucos meses de umas eleições autárquicas cujo tempo já tinha sido interrompido pelas legislativas", entendeu tomar uma decisão que vá ao encontro do "apelo de unidade do partido", optando assim por não apresentar uma candidatura que "forçasse uma disputa interna em período eleitoral e prejudicasse a profunda reflexão que nos é exigida - para a qual estamos todos convocados".

Carlos César que "eleições imediatas”

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantou à Lusa fonte oficial, na quinta-feira.

De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu nas últimas horas "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário geral do partido" na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos.

Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.

Caso este calendário seja aprovado, será expectável que a eleição ocorra entre "o final do mês de junho ou início de julho", disse a mesma fonte do partido.

Leia Também: "Nada poderá obstaculizar" disponibilidade de Carneiro "para servir o PS"

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