CDS regressa ao "andar nobre" da AR e fica com espaço entre PS e Livre

O grupo parlamentar do CDS-PP vai regressar ao "andar nobre" à volta do hemiciclo no parlamento e ocupar, na XVII legislatura, um espaço de trabalho entre os do PS e do Livre.

Paulo Núncio

© Global Imagens

Lusa
03/06/2025 11:18 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Parlamento

Em declarações à Lusa, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, afirmou que a decisão está fechada e congratulou-se com a mudança.

 

"O CDS vai regressar ao seu sítio de sempre, ao andar nobre do hemiciclo, ao andar nobre à volta da [Sala das Sessões] Assembleia da República, onde sempre esteve e onde vai voltar de pleno direito", disse.

Na última legislatura - em que o partido regressou à Assembleia da República numa coligação pré-eleitoral com o PSD e depois de na anterior ter ficado pela primeira vez sem representação parlamentar -, o CDS-PP ocupou um espaço de trabalho no corredor do primeiro piso, mas no edifício novo, já mais distante do hemiciclo.

Antes de perder a representação parlamentar, o CDS-PP tinha o seu espaço de trabalho no corredor mais à direita, entretanto ocupado pelo Chega.

Na nova legislatura, o grupo parlamentar dos democratas-cristãos, com dois deputados, irá ficar com o espaço entre o PS e o Livre, uma vizinhança mais à esquerda do que o habitual, facto desvalorizado por Paulo Núncio.

"Temos uma entrada própria, o importante é referir que o CDS terá de facto um grupo parlamentar de regresso ao espaço do hemiciclo. O CDS tem 50 anos neste parlamento, sempre teve o seu grupo parlamentar no andar nobre do hemiciclo", insistiu.

Com a nova configuração parlamentar, mesmo dentro do hemiciclo o CDS-PP deslocou-se, pela primeira vez, para a coxia do centro-direita, em vez de no espaço mais à direita, agora totalmente ocupado pelo Chega.

Nesta XVII Legislatura, que resultou das eleições de 18 de maio passado, dos 230 deputados, o PSD tem agora 89 e o CDS-PP (o parceiro dos sociais-democratas na coligação pré-eleitoral AD) dois.

O Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS, que teve mais votos. A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.

Da direita para a esquerda, em termos de bancadas, vão sentar-se Chega, CDS, Iniciativa Liberal, PSD, PS, PAN, JPP, Livre, PCP e Bloco de Esquerda.

Apesar de haver um entendimento maioritário em relação à distribuição de lugares no hemiciclo, a questão só ficará fechada numa nova reunião da conferência de líderes, na quarta-feira. Uma reunião em que também se procurará um consenso (ainda distante) em matéria de distribuição de espaços de trabalho pelos diferentes grupos parlamentares no edifício da Assembleia da República.

Leia Também: Operação Marquês. MP reconhece prescrição de crimes de falsificação

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