"A geração de imagens, vídeos ou áudios falsificados para aplicar golpes, roubar informações ou destabilizar a opinião pública é uma prática comum no universo do cibercrime", sendo que a organização descobriu uma campanha nas redes sociais que utiliza 'deepfakes' criados com IA para se fazer passar por profissionais de saúde.
O objetivo desta campanha, segundo a plataforma é "promover a compra de suplementos e outros produtos, fazendo com que pareçam recomendações médicas legítimas".
De acordo com a plataforma, os vídeos seguem uma estrutura bastante definida, onde uma pessoa afirma ser especialista com muita experiência e apresenta uma série de recomendações de estética e saúde.
Os conselhos e dicas são geralmente relacionados com a alimentação natural e induzem à compra de produtos que estão a ser vendidos, estando em causa "uma validação falsa de supostos especialistas para fazer o público acreditar que a mensagem está a ser transmitida por alguém com conhecimento no assunto".
Além disso, também foram observados casos em que são promovidos "medicamentos sem aprovação oficial", oferecendo dicas falsas para problemas de saúde, através de 'deepfakes' com a imagem de profissionais amplamente reconhecidos.
No estudo desenvolvido pela plataforma foram detetadas mais de 20 contas com este tipo de conteúdo, tanto no Instagram como no TikTok.
"Em tempo de desinformação de fácil disseminação, é fundamental saber reconhecer esse tipo de golpe ou publicidade infundada", pelo que se deve estar atento a sinais que permitam identificar este tipo de conteúdo.
Entre os sinais de alerta, a plataforma destaca expressões faciais pouco naturais, falhas visuais ou distorções, voz robótica, perfis recém-criados ou afirmações sem justificação científica.
A ESET é uma plataforma de segurança 'online' que pretende construir um ambiente digital resiliente, através da combinação entre IA e o conhecimento humano.
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