O novo telescópio, desenvolvido em conjunto com a empresa aeroespacial OHB Itália, foi projetado para capturar numa única exposição uma região do céu mais de 200 vezes maior do que a Lua cheia, uma área muito maior do que um telescópio convencional, anunciou a ESA em comunicado.
O telescópio vai deixar o Centro de Geodesia Espacial da Agência Espacial Italiana (ASI) para ser transportado para Monte Mufara, na Sicília, onde se vai juntar ao esforço global para vigiar os céus do planeta.
No futuro, segundo o líder do projeto, Ernesto Doelling, uma rede de até quatro telescópios Flyeye distribuídos pelos hemisférios norte e sul vão em conjunto melhorar a rapidez e área dos mapeamentos automáticos do céu e reduzir a dependência de boas condições meteorológicas em qualquer local específico.
O telescópio usa o campo de visão para mapear o céu automaticamente todas as noites, independentemente da operação humana, e identificar asteroides que possam representar perigo para a Terra.
A ESA considera o novo telescópio um marco do início de um novo capítulo na forma como se rastreiam os céus em busca de asteroides e cometas próximos da Terra.
O telescópio está equipado com um espelho primário de um metro, que captura a luz incidente que é dividida em 16 canais separados, como nos olhos multifacetados dos insetos, cada um equipado com câmara capaz de detetar objetos ténues, e permite observações simultâneas de alta sensibilidade sobre uma grande região do céu.
"Quanto mais cedo detetarmos asteroides potencialmente perigosos mais tempo temos para avaliá-los e, se necessário, preparar uma resposta", lembrou o líder do departamento de Defesa Planetária da ESA, Richard Moissl.
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