Meses antes do início da Grande Depressão, e muito antes da 'Cortina de Ferro', a Ford entrou na União Soviética a 31 de maio de 1929 com um acordo histórico assinado em Dearborn.
Henry Ford foi um empresário astuto ao longo da sua vida e conseguiu algo que seria impensável: um acordo de parceria e assistência com a União Soviética para levar a sua Ford Motor Company àquele Estado... comunista e anticapitalista.
Outros empresários americanos tentaram o mesmo, mas a Ford foi mais longe, assinando um contrato de assistência à própria indústria automóvel soviética que tardava em 'descolar'.
No essencial, segundo a página do History Channel, a Ford ficou de supervisionar a construção de uma fábrica em Nizhny Novgorod para produzir os seus Model A, para além de começar imediatamente a operar uma fábrica em Moscovo.
E da parte da URSS? Em contrapartida, concordou comprar 72.000 carros e camiões não montados da Ford e todas as peças suplentes ao longo de nove anos. Segundo a página do History Channel, totalizou cerca de 30 milhões de dólares em produtos Ford.
A parceria de assistência técnica continuou, com a Ford a enviar até funcionários para a URSS de modo a treinar os locais, inexperientes. Até mesmo durante a 2.ª Guerra Mundial a Ford apoiou os soviéticos, com a produção em massa de um carro blindado inspirado no fabricante americano.
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