Augusto Inácio não poupou, esta terça-feira, nas críticas tecidas a Roberto Martínez, que manteve Geovany Quenda no banco, no empate a uma bola perante a Croácia, impedindo-o de se tornar no mais jovem jogador da história da seleção portuguesa a ir a jogo.
Em entrevista concedida à Rádio Renascença, o antigo jogador, treinador e dirigente do Sporting recordou que a partida de pouco mais servia a não ser para cumprir calendário, visto que o apuramento para os quartos de final da Liga das Nações já estava garantido, pelo que o espanhol deveria ter adotado outra postura.
"Quando vejo, depois do jogo, na conferência de imprensa, Roberto Martínez a justificar o porquê de o Quenda não ter entrado, porque o Nuno Mendes sentiu o tornozelo e teve de abrir uma substituição, praticamente foi um sinal de que, provavelmente, tinha dito ao jogador que ia ser internacional naquele jogo", começou por afirmar.
"Daí não se entender que um jovem, que ele diz que é um grandíssimo jogador, só vá para lá comer, viajar e dormir, quando era um jogo em que podia muito bem ter sido internacional", prosseguiu, condenando, ainda, a explicação do treinador para este caso.
"Foi deselegante nessa resposta. Claramente, com uma resposta dessas, de que não é para bater recordes, é, realmente, alguma coisa que pode afetar o nível mental do jogador, porque acho que não merecia uma resposta dessas. Merecia ter jogado, mas essa resposta, realmente, não cabe dentro daquilo que é o espírito da seleção", rematou.
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