Arrigo Sacchi, histórico jogador do AC Milan, fez uso, esta segunda-feira, da coluna de opinião que assina no jornal italiano Gazzetta dello Sport para deixar duras críticas a Rafael Leão, uma das estrelas do conjunto orientado por Paulo Fonseca.
O antigo internacional italiano reiterou que o avançado português não é uma figura de liderança no balneário e nem mesmo dentro de campo.
"Será que as pessoas percebem que ele não é um líder por causa do seu carácter? Nalguns jogos, é um bom jogador. Noutros, nem sequer se dá por ele. É como ir à pesca. Nunca sabemos se voltamos com o cesto cheio ou vazio", começou por dizer Sachi, a propósito da exibição apagada do português no jogo do passado sábado diante da Juventus.
"Estive em San Siro para assistir a duas equipas que ainda não atingiram o seu potencial na Serie A e na Liga dos Campeões. Assisti ao jogo mais cinzento de sempre, sem uma emoção sequer. No entanto, se as muitas ausências puderam justificar o desempenho dos bianconeri, o Milan desiludiu-me verdadeiramente. Os assobios dos adeptos, inteiramente justificados pela fraca exibição, foram um choque - o único numa noite negativa. Eu estava sentado perto de Franco Baresi e Daniele Massaro, e enquanto testemunhava a baixa intensidade do jogo, disse-lhes: 'Se eles continuarem assim, vocês poderiam jogar também. De certeza que vão deixar uma boa impressão'", continuou Sacchi.
"É fácil culpar o treinador. Honestamente, seria injusto criticar um colega. O Milan está com dificuldades, mas a pergunta que deve ser feita é: ele escolheu todos os jogadores? Se foi ele, é responsável, mas se o clube lhe deu os jogadores, têm de partilhar a responsabilidade. O Milan tem tido demasiados altos e baixos. Não há jogo coletivo e não há uma equipa que pretenda ser um grupo. Acho que os podem esquecer o Scudetto. Há muitas equipas à sua frente e, principalmente, todas essas equipas são rápidas e têm uma identidade clara", finalizou.
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