"Fernando Gomes é, seguramente, o presidente mais marcante da história dos 31 que já lideraram a FPF. Foi na sua presidência que Portugal foi, pela primeira vez, campeão europeu a nível sénior e ganhou uma Liga das Nações, apresenta no futsal resultados notáveis no plano europeu e mundial, tem grandes avanços no futebol feminino, tem cerca de 30 seleções em atividade e agora tem a coorganização do Mundial2030. No espaço de três mandatos, é muito difícil ter esta obra", realçou Luís Marques Mendes.
O político apresentou o livro "Presidentes da Federação Portuguesa de Futebol 1914-2024", com a coordenação de Fernando de Sousa e Diogo Ferreira, tendo-se centrado nos elogios ao atual líder do organismo, que cumpre o terceiro e derradeiro mandato na FPF.
"A Cidade do Futebol é um trabalho notável. Todo o investimento é feito mantendo as contas da federação sempre em ordem, com preocupação de rigor financeiro. Foram mandatos marcantes do ponto de vista desportivo, infraestrutural, financeiro e social. Na pandemia, as instalações da Cidade do Futebol foram concedidas para funcionarem como hospital de retaguarda, e, quando tivemos o pesadelo brutal dos incêndios, a FPF fez o investimento na construção de casas para ajudar as pessoas afetadas", lembrou.
Luís Marques Mendes apontou que, apesar do futebol ser um desporto, "não se esgota no desporto", com o ciclo de Fernando Gomes a marcar "uma mudança importante no futuro", uma vez que terminou com uma época de "foco de problemas e de quezílias".
"Rejeito a ideia de que Portugal é um país pequeno. Médio ou pequeno, o importante é que não sejamos nunca um país irrelevante. No domínio do futebol, Portugal não é irrelevante. Não foi no passado, não é no presente e não vai ser no futuro", assegurou.
Também durante a apresentação, Luís Marques Mendes falou de Gilberto Madaíl, o antecessor de Fernando Gomes na FPF e que também marcou presença no auditório, destacando a introdução da "lógica de profissionalização de gestão, de modernização e a nova organização do futebol", tendo tido o seu "momento de ouro" com o Euro2004.
"O livro é um trabalho de investigação magnífico e é uma espécie de dicionário da FPF, que não é uma instituição qualquer. O futebol não é apenas uma atividade desportiva ou um negócio, é algo que tem uma importância notável do ponto de vista social. Pode gostar-se ou não, mas é impossível não reconhecer a sua importância", frisou também.
A obra conta com a autoria de Ana Carolina Madaíl, Bruno Rodrigues, Diogo Ferreira, Fernando de Sousa, João Marcelino, José da Cruz Lopes, Manuel Couto, Ricardo Rocha e Rui Miguel Tovar, e a colaboração de Afonso de Melo e Eduardo Barros de Oliveira.