O Vitória SC foi, na tarde de quinta-feira, até Sevilha agarrar um merecido empate na visita ao Real Betis (2-2), em jogo da 1.ª mão dos oitavos de final da Liga Conferência. Perante um conjunto andaluz que vinha de uma vitória, no campeonato, frente ao 'todo poderoso' Real Madrid, os conquistadores não vergaram e mesmo estando em desvantagem por duas vezes conseguiram sempre recuperar.
Os golos de João Mendes e Nélson Oliveira, em resposta aos tentos de Bakambu e Isco, deram apenas justiça à bela exibição dos comandados de Luís Freire que, com um bocadinho mais de sorte (e pontaria), até poderiam ter deixado o Benito Villamarín numa posição ainda mais vantajosa para o jogo da 2.ª mão, em Guimarães.
O empate deixa, assim, a eliminatória em aberto e a julgar pela amostra do jogo de ontem a emoção continuará a ser ingrediente assegurado neste duelo ibérico. No entanto, e para a atenção dos espanhóis, a história mostra que o Vitória se qualificou sempre quando empatou fora na 1.ª mão de uma eliminatória da UEFA.
O Vitória SC qualificou-se sempre que empatou fora na 1.ª mão de uma eliminatória UEFA:
— Playmaker (@playmaker_PT) March 6, 2025
1986 Sparta Praga
1987 Tatabanya
2011 Midtjylland
2019 Steaua
2025 Betis pic.twitter.com/2W7gL28Lyr
Vamos aos destaques de ontem.
A figura
Isco já não tem a intensidade de outros tempos, mas a elegância em campo é intemporal. Inteligente, criterioso e eficaz, o internacional espanhol é a grande fonte de inspiração de um Betis bastante interessante a nível ofensivo. Sempre que Isco foi dono da bola, naquele 'jardim' de Sevilha, o Vitória teve dificuldades em conseguir anular as suas ações. Para abrilhantar, ainda mais, a sua exibição, Isco ainda marcou um golo.
A surpresa
João Mendes parece talhado para os grandes golos. Na primeira parte havia falhado uma grande oportunidade, na cara do guardião bético, e no segundo tempo quis redimir-se com mais um golaço para a sua vasta coleção. Para além disso, ainda revelou a competência habitual e nunca deixou de lutar.
A desilusão
Antony bem tentou mostrar serviço e dar seguimento ao bom momento que atravessa desde que assinou pelo Real Betis, após ser despachado por Ruben Amorim do Manchester United. Ora, o brasileiro foi presa fácil para a defensiva do Vitória, que apenas por um par de vezes deixou fugir Antony pelos corredores. De resto, o brasileiro pouco ou nada acrescentou.
Os treinadores
Manuel Pellegrini
O experiente treinador espanhol terá tido uma missão difícil para que os jogadores do Betis conseguissem manter o foco depois da vitória frente ao Real Madrid e talvez por aí se explique alguma surpresa perante a ousadia dos portugueses. Bem tentou ir em busca da vitória, mas esbarrou na muralha que vinha de Guimarães.
Luís Freire
Na estreia europeia pelo Vitória, o treinador português conseguiu manter o nível até então demonstrado nesta Liga Conferência, elevando para 13 os jogos sem perder na competição. Freire pediu calma aos jogadores nas duas vezes em que o Betis saltou para a frente do marcador e conseguiu manter os jogadores ligados.
O árbitro
O árbitro montenegrino Nikola Dabanović passou quase ao lado do jogo, aquilo que se pede num jogo como este. Nas decisões mais complicadas, aguardou pelo veredicto do VAR.
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